A Justiça da Argentina indiciou o ex-presidente Alberto Fernández na quarta-feira 14. Ele é acusado de lesões leves e graves, duplamente agravadas pelo vínculo e pelo contexto de “violência de gênero”, além de ameaças coercitivas contra sua ex-mulher, Fabiola Yañez.
O promotor federal Ramiro González afirmou que, desde o início do relacionamento, Fabiola sofreu assédio psicológico e agressões físicas.
A decisão veio depois de uma denúncia de 20 páginas apresentada na segunda-feira 12 e quatro horas de declarações à Procuradoria na terça-feira 13, nas quais Fabiola detalhou episódios de maltrato, assédio, desprezo e agressões verbais e físicas.
Antes dessas declarações, Fernández era acusado de “lesões leves no contexto de violência de gênero”, mas a acusação foi agravada para “lesões graves e ameaças coercitivas”.
“O relato revela um contexto de violência de gênero assentado sobre uma relação assimétrica e desigual de poder, desenvolvida ao longo do tempo e acentuada exponencialmente pela eleição de Fernández como presidente e pelo exercício do cargo”, destacou o promotor, sublinhando que “o Sr. Alberto Fernández, como hipótese delitiva, teria realizado diversos comportamentos penalmente relevantes”.
Episódios de violência
De acordo com os relatos da ex-primeira-dama, os comportamentos incluem nove episódios de assédio, violência e ameaças, como socos e bofetadas diárias.
Em 2016, Fernández forçou Fabiola Yañez a abortar e, em agosto de 2021, ainda grávida, ela sofreu chutes no ventre. A violência continuou até recentemente, com pressões para que não apresentasse queixa.
Alguns episódios resultaram de infidelidades cometidas por Fernández antes e durante a Presidência, inclusive na Casa Rosada, que envolveram amigas de Fabiola. O promotor pediu 30 medidas para comprovar os fatos, incluindo interrogatório de testemunhas e vídeos das câmeras da residência presidencial, além dos históricos médicos de Yañez.
Ex-presidente da Argentina se pronuncia
Fernández, em uma nota divulgada no dia 6 de agosto, afirmou que “é falso e que jamais aconteceu o que lhe atribuem”. Ele declarou que “não fará declarações à imprensa” e que “vai levar provas e testemunhas à Justiça”.
Em um raro contato com a imprensa, o político sugeriu que o olho roxo de Yañez, registrado numa foto em agosto de 2021, foi consequência de um tratamento estético contra rugas ou de um episódio de alcoolismo.
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El Clã foi certamente um dos rescaldos mais sinistros da ditadura Argentina. Ex colaborador dos grupos de extermínio Puccio, vivia na periferia de Buenos Aires com mulher e quatro filho menores, o mais velho era líder de um time de polo. Os sequestros eram feitos quase sempre à luz do dia, em que o carro da vítima era forçado a parar e o escolhido da gangue era levado para casa da Família Puccio. Preso o sequestrador, E advinha que foi um dos seus advogado, sim, o espancador de mulheres e ex-presidente Alberto Fernandes. Você pode vê-lo logo atrás de Puccio. ttps://realpolitik.com.ar/nota/45109/clan-puccio-la-historia-detras-de-la-fotografia-que-incomoda-a-alberto-fernandez/