Com 17,5 milhões de habitantes, o país é o quarto da América Latina com mais mortes em decorrência da covid-19
O ex-presidente do Equador Abdalá Bucaram foi preso nesta quarta-feira, 3, em investigações sobre supostos casos de corrupção em hospitais durante a pandemia de coronavírus.
O Ministério Público (MP) equatoriano afirmou que Bucaram portava uma arma de fogo, sem apresentar justificativa de posse.
O ex-presidente, destituído do cargo em 1997, foi preso após operação de busca em sua casa em Guayaquil, a cidade mais afetada pela pandemia no país sul-americano.
Bucaram é considerado suspeito de suposto desvio de fundos em um contrato de suprimentos médicos para um hospital.
O Ministério Público investiga vários casos de suposta corrupção no sistema hospitalar durante a pandemia.
De acordo com o MP, devido à suposta influência do tráfico de drogas na aquisição de suprimentos médicos, como testes de diagnóstico e máscaras, também se efetuou busca na casa de Carlos Luis Morales, governador da província de Guayas, cuja capital é Guayaquil.
O Equador registra 40.400 casos de covid-19, incluindo 3.438 mortes, segundo dados da agência de notícias France-Presse.
Histórico de Abdalá Bucaram
Seis meses depois de assumir a Presidência do Equador, Bucaram foi destituído do cargo, em fevereiro de 1997. O Parlamento declarou sua incapacidade mental, sem comprovação médica e em meio a fortes protestos sociais contra o governo.
Bucaram, de linha populista, passou duas décadas em exílio no Panamá.