Uma nova expedição ao Titanic, a primeira desde a tragédia do submarino da OceanGate, foi lançada, com o objetivo de criar o registro fotográfico mais detalhado já feito do naufrágio. A missão, que começou na última sexta-feira, 12, envolve uma equipe de especialistas em imagem, cientistas e historiadores.
Uma empresa norte-americana vai inspecionar o local onde o Titanic está por veículos subaquáticos operados remotamente. A companhia deve realizar um serviço memorial no mar, nos próximos dias, para homenagear os 1,5 mil passageiros e tripulantes do Titanic. O projeto também vai homenagear as vítimas do submarino Titan, que implodiu em junho de 2023.
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De acordo com a emissora britânica BBC News, que entrevistou membros da expedição em Rhode Island, nos Estados Unidos, a equipe usa tecnologia de ponta para escanear cada parte do Titanic e obter novos insights sobre o naufrágio.
A RMS Titanic Inc, empresa norte-americana que possui os direitos exclusivos de resgate de itens do navio, organiza a expedição. A companhia já trouxe cerca de 5,5 mil objetos à superfície, mas a intenção desta visita é atualizar o reconhecimento do local com novas imagens e escaneamento.
Equipe deve comparar imagens do Titanic
A equipe planeja comparar os novos registros com imagens de 2010, para avaliar o impacto dos oceanos e de outras expedições. Eles também esperam descobrir novas áreas de deterioração e possíveis acessos desobstruídos ao interior do navio.
“A tecnologia está melhorando em um ritmo incrível, e somos capazes de fazer mais agora do que há dois anos”, informou a empresa.
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A companhia utilizou dois veículos robóticos para capturar milhões de fotografias de alta resolução e criar um modelo 3D dos destroços, segundo a BBC. David Gallo, co-líder da expedição, afirmou que deseja “ver o naufrágio com uma clareza e precisão nunca antes alcançadas”. Evan Kovacs, responsável pelo programa de imagem, disse que seu sistema pode capturar o Titanic com “perfeição”.
A equipe pretende revisitar o estado de objetos já conhecidos, como as caldeiras, que se espalharam quando o navio quebrou. Eles também esperam localizar itens previamente avistados, como um candelabro e um segundo piano Steinway. A estrutura de madeira do piano pode ter se deteriorado, mas a placa de ferro fundido, que segurava as cordas, pode ainda estar lá.