O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, acusou nesta segunda-feira, 26, o governo de Joe Biden de tentar censurar conteúdos sobre a covid-19. A empresa é a controladora do Facebook, do Instagram, do WhatsApp, entre outros aplicativos.
Em uma carta endereçada ao presidente do comitê judiciário da Câmara, Jim Jordan, Zuckerberg escreveu que altas patentes do governo dos Estados Unidos haviam “pressionado repetidamente” a equipe de Meta durante meses para censurar alguns conteúdos sobre a covid-19, incluindo humor e sátira.
“Acredito que a pressão do governo foi errada e lamento que não tenhamos sido mais francos sobre isso”, escreveu Zuckerberg na carta, que foi publicada no X pelo comitê legislativo, “Sinto fortemente que não devemos comprometer nossos padrões de conteúdo devido à pressão de qualquer administração em qualquer direção — e estamos prontos para reagir se algo assim acontecer novamente.”
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Na época, o objetivo declarado publicamente pelo Facebook era empurrar milhões de pessoas em direção às vacinas contra a covid-19.
Zuckerberg disse acreditar que a pressão da administração “estava errada, e lamento que não tenhamos sido mais francos sobre isso”.
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Segundo ele, a empresa “fez algumas escolhas que, com o benefício da retrospectiva e de novas informações, não faríamos hoje” e que “sinto fortemente que não devemos comprometer nossos padrões de conteúdo devido à pressão de qualquer administração em qualquer direção — e estamos prontos para reagir se algo assim acontecer novamente”.
Criador do Facebook não vai apoiar candidatos nas eleições de novembro
Zuckerberg, famoso por suas simpatias pelo Partido Democrata, dessa vez informou que não vai se posicionar nas eleições presidenciais norte-americanas, previstas para novembro.
Ele também salientou que não realizará doações nem contribuições para campanhas eleitorais.
Na carta publicada nesta segunda-feira, Zuckerberg também admitiu que a Meta “rebaixou” temporariamente uma reportagem do jornal norte-americano New York Post sobre um laptop pertencente ao filho do presidente Joe Biden, Hunter, antes da eleição de 2020, depois que o FBI alertou sobre uma potencial campanha de desinformação russa contra a família Biden.
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Segundo Zuckerberg, não havia nenhuma tentativa de desinformação russa sobre o caso de Hunter Biden.
Jordan, um importante deputado do Partido Republicano, vem liderando uma investigação do Congresso em que acusa o governo Biden, agências de checagem e plataformas de mídia social de conluio para censurar informações na internet. Em particular detrimento do discurso conservador.