Quatro membros da família Hinduja, a mais rica do Reino Unido, foram condenados na Suíça por explorar funcionários. Contudo, acabaram absolvidos da acusação de tráfico humano. Prakash e Kamal Hinduja, junto de seu filho Ajay e a esposa, Namrata, são acusados de levar trabalhadores da Índia para sua mansão em Genebra. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira, 21, pela agência de notícias AFP.
Os Hindujas são acusados de pagar apenas US$ 8 por dia aos trabalhadores, com jornadas de 18 horas. Há suspeitas de que os passaportes dos empregados tenham sido confiscados para restringir sua liberdade. Advogados da família alegam que os baixos salários eram complementados por alojamento e alimentação.
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A família Hinduja, originária da Índia, controla um conglomerado que inclui construtoras, fabricantes de veículos e bancos. Fundado em 1914 por Parmanand Deepchand Hinduja, o grupo inicialmente comercializava produtos e depois entrou no setor bancário.
Família Hinduja mudou as operações para o Reino Unido em 1979
Em 1919, a empresa expandiu para o Irã, onde operou até 1979, e transferiu-se para o Reino Unido depois da Revolução Islâmica. Srichand, Gopicard e Prakash, filhos do fundador, continuaram a expansão do grupo. Depois da morte de Srichand, em 2023, Gopicard assumiu a liderança, em Londres, e Prakash, em Mônaco.
No Reino Unido, a família possui imóveis valiosos, que inclui o Hotel Raffles, em Londres, e parte do Carlton House Terrace, próximo ao Palácio de Buckingham. Em junho de 2020, um processo revelou desavenças entre os irmãos, no qual Srichand os enfrentou pela propriedade de um banco em Genebra.
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A família Hinduja está sob investigação das autoridades suíças há seis anos pelo tratamento dado aos funcionários em sua mansão em Genebra. Na semana passada, a família evitou uma das acusações ao chegar a um acordo financeiro com as vítimas.