O Departamento Federal de Investigação dos EUA (FBI, na sigla em inglês), entidade análoga à nossa Polícia Federal, emitiu, no último dia 6, um alerta sobre os riscos de usar carregadores disponíveis em quiosques de compartilhamento. Recarregar o celular em shoppings, hotéis, rodoviárias e aeroportos pode ser muito arriscado. A ameaça é real e tem nome: “juice jacking”, expressão em inglês melhor traduzida por “desvio de energia”. Os usuários desavisados podem sofrer ataques cibernéticos que instalam malwares e roubam dados do dispositivo conectado à eletricidade via USB.
A fraude acontece porque, nos quiosques públicos, há grandes chances de portas ou cabos USB adulterados terem sido instalados. Por meio dessa falcatrua, os bandidos podem transferir dados entre a estação de carregamento e o dispositivo que está sendo recarregado. Os especialistas pedem atenção para uma série de medidas que os usuários devem tomar a fim de se proteger do “juice jacking”. Levar consigo um powerbank, usar os seus próprios cabos e adaptadores e, claro, evitar usar estações públicas de carregamento são os principais meios de proteção.
Quando conectar o dispositivo à USB, o usuário deve se atentar também à janela que eventualmente pode solicitar a seleção “compartilhar dados” ou “somente carga”. Selecione sempre “somente carga”. O alerta do FBI diz que os “criminosos descobriram formas de usar portas USB públicas para instalar malware e software de monitoramento em dispositivos. Leve seus próprios carregadores e cabos USB ou use uma tomada”.
E não foi somente o FBI que emitiu o alerta, a FCC (Comissão Federal de Comunicações), órgão norte-americano análogo à nossa Anatel, disse: “O malware […] pode bloquear um dispositivo ou exportar dados pessoais e senhas diretamente para o criminoso […]”. Em resposta, a ChargeltSpot, empresa dos EUA que fornece os quiosques, afirmou estar ciente dos problemas, e que já construiu “várias proteções para os consumidores”.
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A melhor coisa é se libertar desse aparelhinho infernal ao menos durante a viagem. Dá para aguentar?