Filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Hunter Biden foi condenado, nesta terça-feira, 11, por três crimes, ao mentir sobre o uso de drogas ilícitas na compra de arma de fogo, em 2018. A sentença ocorreu na cidade de Wilmington, no Estado de Delaware.
O júri, composto de três homens e três mulheres, precisou de dois dias de julgamento para concluir o veredicto. Agora, a pena de Hunter, que pode chegar a 25 anos de prisão e multa de até US$ 750 mil (R$ 4 milhões), fica a critério de um juiz, que tem até 120 dias para determiná-la.
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Aos 54 anos, Hunter Biden entrou para a história ao ser o primeiro filho de um presidente dos EUA condenado criminalmente. Apesar da possibilidade de pena alta, a mídia norte-americana repercute a dificuldade de um réu primário, que não tenha usado a arma em um crime, ter condenação severa.
Os crimes de Hunter Biden
Em outubro de 2018, Hunter Biden comprou um revólver calibre 38. Para isso, teve de preencher um formulário oficial dos EUA, no qual, entre outras perguntas, escreveu que não usava drogas.
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Ao provar que, à época, o filho do presidente estava em plena luta contra o vício, fato que ele mesmo colocou em um livro (Beautiful Things, “coisas belas”, em tradução literal), o tribunal condenou-o por três crimes. São eles:
- mentir para um vendedor de armas licenciado pelas autoridades federais dos EUA;
- escrever uma mentira no documento federal; e
- comprar e possuir uma arma obtida ilegalmente.
Além do livro escrito por Hunter, a acusação se baseia no testemunho da ex-namorada Hallie Olivere. Ela afirmou que encontrou a arma na caminhonete do até então namorado, junto com restos de crack.
“O vício pode não ser uma escolha, mas mentir e comprar uma arma, sim”, escreve a acusação. “Ninguém está acima da lei.”
A defesa alegou que, especificamente em 2018, o filho do presidente dos EUA não usava drogas.
Um homem que é viciado nesta idade, não tem cura.