A revista Scientific Reports publicou fotografias da maior flor fossilizada conhecida, preservada em âmbar, na quinta-feira 12. A planta data de 38 a 34 milhões de anos atrás, durante a era do final do Eoceno, e foi descrita pela primeira vez em 1872.
O fóssil de 28 milímetros de comprimento estava esquecido na coleção do Instituto Federal de Geociências e Recursos Naturais de Berlim.
As autoras do novo estudo são: Eva-Maria Sadowski, paleobotânica do Museu de História Natural de Berlim, e Christa-Charlotte Hofmann, formada no Departamento de paleontologia da Universidade de Viena.
De acordo com as cientistas, a flor foi preservada em razão de um derramamento de resina que teria evitado que organismos causassem danos.
A @SciReports paper presents new images of the largest-known fossilised flower to be preserved in amber—which is nearly three times the size of other preserved flowers—and dates from almost 40 million years ago. https://t.co/gMrHYERlMS pic.twitter.com/xD6VQD4KH1
— Nature Portfolio (@NaturePortfolio) January 12, 2023
Por meio de uma análise do pólen extraído da amostra, as cientistas sugerem que a flor pode estar relacionada com as espécies asiáticas de Symplocos, família das plantas angiospérmicas (plantas com flor). As pesquisadoras sugeriram um novo nome para a espécie: Symplocos kowalewskii. De início, o fóssil foi identificado como Stewartia kowalewskii.
“Este fóssil representa o primeiro registro de Symplocaceae do âmbar do Báltico e traz as afinidades de sua flora com as florestas mesofíticas, sempre verdes de folhas largas e mistas do atual leste e sudeste da Ásia”, disseram as pesquisadoras. “A raridade de tais inclusões de flores de tamanho grande, provavelmente se deve ao tamanho do derramamento de resina e suas propriedades, que podem afetar a incorporação de órgãos vegetais.”
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