Na segunda-feira 3, fortes chuvas atingiram a região de Kyushu, Província do Japão, que fica no sudoeste do país. As autoridades emitiram alertas de evacuação para cerca de 360 mil moradores da cidade de Kumamoto, por causa dos riscos de enchentes.
Em Yamato, uma ponte partiu ao meio devido às fortes tempestades. Segundo a agência de notícias Kyodo News, nenhuma morte foi registrada.
O colapso fez com que a Agência Meteorológica do Japão (JMA) emitisse um aviso sobre chuvas torrenciais e trovões em toda a região. Moradores ainda receberam um alerta sobre deslizamentos e inundações.
O que está acontecendo?
Sucessivas linhas de instabilidade sob ar quente e úmido provocaram as fortes chuvas na região Kumamoto, que é conhecida como a “terra do fogo”, por conta do Vulcão Monte Aso.
As cidades de Yamato e Mashik registraram altos índices de precipitação no início deste mês. A quantidade de chuva atingiu entre 200 e 300 milímetros nas duas cidades, um recorde para o período, segundo a JMA.
Outras Províncias japonesas também estão enfrentando fortes chuvas. Desde o fim do mês passado, Yamaguchi e Oita estão sendo são castigadas. Na cidade de Hita, a precipitação acumulada até segunda-feira 3 foi de quase 700 milímetros.
Brasil também terá fortes chuvas e tempestades
Os efeitos da anomalia climática devem ser sentidos no Brasil, em especial nas Regiões Sul, Norte e Nordeste do país. A primeira poderá sofrer com grandes quantidades de chuvas e ocorrências de tempestade. Em contrapartida, partes do Norte e do Nordeste podem ter uma redução expressiva no volume de chuvas.
Seguindo esse cenário, o segundo semestre tem uma alta probabilidade de eventos extremos acumulados em poucos dias.
Dessa forma, o quadro que se desenha para a segunda metade do ano é propício para a ocorrência de cheias em rios, enchentes, deslizamentos e tempestades, por causa do aquecimento vindo do oceano e do maior volume de chuvas no Sul do país.
Um dos setores que podem sofrer um grande impacto negativo é o agronegócio. Os prejuízos nas safras de trigo, os atrasos expressivos na semeadura e, consequentemente, a queda na produtividade da safra do ano seguinte também poderão ser sentidos na economia brasileira.