Uma equipe de paleontólogos uniu fósseis do “girino do inferno”, batizado de Crassigyrinus scoticus, para entender o funcionamento de seu crânio. Reconstruções digitais de fósseis rompidos revelaram detalhes da vida do antigo predador do carbonífero, semelhante a um crocodilo. A revista Journal of Vertebrate Paleontology publicou o estudo em 2 de maio.
Os restos da espécie, descobertos há quase um século, datam cerca de 330 milhões de anos. Em virtude do estado de conservação “deplorável”, os cientistas não conseguiram reconstruir os fósseis de modo apropriado — até que a tomografia computadorizada e a visualização 3D colaboraram para uma reconstrução adequada do animal.
Descobertas com os fósseis do girino do inferno
Depois de finalizada, a reconstrução revelou que o animal possui um crânio similar ao de um crocodilo moderno, com dentes grandes e poderosas mandíbulas para abocanhar praticamente qualquer coisa que cruzasse seu caminho.
Segundo os pesquisadores, o animal era um grande especialista em caçar suas presas nos pântanos do Período Carbonífero, entre 360 e 290 milhões de anos atrás, localizados na atual Escócia e em partes da América do Norte.
Também foi revelado que o predador tinha um corpo relativamente plano, com extremidades bem curtas, e media entre dois e três metros de comprimento.
O estudo indica que o comportamento do animal era provavelmente similar ao dos crocodilos modernos: nadar sob a água e usar sua poderosa mordida para abocanhar as presas.
Leia também: “Tubarão ‘fantasma’ é descoberto na Austrália”