Seguindo a declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, o ministro de Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, também disse que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul não deve ser assinado. A declaração de Le Maire é desta quarta-feira, 31, quando deu entrevista à rádio francesa CNews/Europe 1.
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Na segunda-feira 29, Macron disse, conforme noticiou a agência Reuters, que a União Europeia tinha encerrado as negociações e não fecharia o acordo comercial com o Mercosul.
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Os agricultores do país são contrários ao acordo, que traria ainda mais prejuízos ao setor, já extremamente afetado por leis ambientais cada vez mais rígidas e restritivas. Os produtores franceses temem a concorrência com os países do Mercosul, especialmente Brasil e Argentina.
Recentemente, fazendeiros de diversos países da União Europeia começaram uma onda de protestos contra os governos. Agricultores franceses, alemães, belgas e poloneses estão irritados com o aumento dos custos e com as importações baratas.
França já reiterou ser contrária a acordo entre União Europeia e Mercosul
A França já manifestou repetidamente reservas sobre o tratado União Europeia–Mercosul, sugerindo que o acordo não seria assinado. O governo do país afirma que os agricultores não querem a competição com produtos agrícolas — especialmente a carne bovina — que não cumprem os padrões rigorosos da União Europeia. Já o Mercosul não pretende ceder às exigências sanitárias e ambientais.
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A Comissão Europeia rejeitou na terça-feira 30 a opinião francesa pelo fim das negociações com o Mercosul e reafirmou que pretende concluir um acordo de comércio livre com o bloco sul-americano.
Mesmo com a resistência da França, as negociações foram retomadas na semana passada e devem seguir pelos próximos meses, disseram à agência Reuters pessoas que acompanham as conversas. Para ter validade, o acordo com o Mercosul precisa necessariamente da aprovação dos 27 países integrantes da União Europeia.
Essa reunião foi a primeira desde dezembro, quando as negociações foram suspensas pelo então governo da Argentina com o objetivo de deixar para o novo presidente, Javier Milei, a continuação das tratativas.
Nao vai fazer falta.