A funcionária da OceanGate, Renata Rojas, chorou ao testemunhar, na quinta-feira 19, sobre o trágico mergulho do submersível Titan, que implodiu em junho de 2023, relata o O Globo. Além de ex-especialista da missão, ela é banqueira de Nova York,
Morreram, na ocasião, o fundador da empresa, Stockton Rush, o copiloto e três passageiros. “Isso nunca foi vendido como um brinquedo da Disney”, afirmou Rojas.
No site da empresa há a informação de que a OceanGate Expeditions suspendeu todas as operações comerciais e de exploração.
Ex-funcionários da empresa relataram falhas e imprudência na supervisão da missão. Rojas destacou a seriedade e os riscos envolvidos na expedição, que utilizava um submersível experimental controlado por joystick de videogame.
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A ex-funcionária da OceanGate precisou interromper seu testemunho diversas vezes devido à emoção, durante seu depoimento ao Conselho de Investigação da Guarda Costeira dos Estados Unidos (EUA), realizado em North Charleston, Carolina do Sul.
Ela descreveu a última vez que viu Rush e os passageiros. Mencionou que o clima no dia do lançamento estava normal e não indicava problemas antes do embarque. Durante a expedição, o Titan deveria retornar à superfície por volta das 16h30 do dia 18 de junho de 2023, mas não deu sinais de vida depois do horário previsto.
Riscos e atrasos na notificação
Rojas disse que a equipe de apoio esperou algum tempo antes de notificar as autoridades. “Você está em uma área muito remota, tentando fazer algo que poucas pessoas têm a oportunidade de fazer”, afirmou ela, ao destacar os perigos envolvidos no mergulho aos destroços do Titanic.
Ela disse que já havia participado de dois mergulhos de teste com a OceanGate e estava ciente dos riscos, mas nunca se sentiu insegura com as operações. O Titan tinha 96 horas de suporte de vida a bordo, conforme informou. “É uma expedição em que as coisas acontecem e você tem que se adaptar às mudanças”, acrescentou.
Problemas técnicos antes da tragédia
O New York Post informou que o testemunho de Rojas seguiu o depoimento do diretor científico da missão, Steven Ross. Ele revelou que o submersível havia apresentado defeitos dias antes da tragédia. Em um incidente, um dos passageiros ficou de cabeça para baixo, e a equipe levou cerca de uma hora para retirá-lo da água, de acordo com Ross.
Outro ex-funcionário da OceanGate, David Lochridge, vinha levantando preocupações sobre o submersível desde 2018. Ele alegou que era “inevitável” que algo desse errado e citou problemas com os materiais a partir dos quais o submarino era feito. “A ideia da empresa era ganhar dinheiro, havia pouco sobre ciência”, testemunhou Lochridge.
O submarino Titan, da empresa OceanGate, desapareceu em 18 de junho de 2023 durante uma expedição aos destroços do Titanic. A bordo estavam cinco pessoas, entre eles o CEO da OceanGate, Stockton Rush, um copiloto e três passageiros.
De acordo com as investigações, o veículo implodiu a aproximadamente 3.350 metros de profundidade, devido à intensa pressão da água, o que causou a morte de todos os ocupantes.