Em troca da libertação de reféns, o governo de Israel cogita um acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas. A informação é do membro do gabinete de guerra de Israel, Benny Gantz. Em entrevista coletiva, na noite da última quarta-feira, 21, ele afirmou que existem “sinais preliminares” de uma trégua na guerra, que já se estende por quase cinco meses na Faixa de Gaza.
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De acordo com autoridades israelenses, 134 reféns permanecem sob o domínio terrorista em Gaza. Ao menos 30 deles podem estar mortos. Gantz avisou à imprensa que o governo israelense não vai parar de “procurar o caminho”.
“Não perderemos nenhuma oportunidade de trazer os reféns para casa”, garantiu Gantz. “O regresso dos raptados não é apenas o nosso objetivo na guerra, é o nosso imperativo moral como país e como povo. Ela é a coisa mais urgente”.
Depois do acordo de uma semana de trégua entre Israel e o Hamas, em novembro, mais de cem reféns foram libertados dos cativeiros.
Os cidadãos foram trocados por centenas de criminosos e terroristas palestinos que estavam cumprindo pena em prisões israelenses.
Diálogos sem avanço
Apesar da declaração, pelas movimentações no Oriente Médio, a possibilidade de uma nova trégua parece remota. Na última semana, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que delegações de Israel, Hamas, EUA, Catar e Egito se reuniram no Cairo para analisar a possibilidade de um cessar-fogo, mas não houve avanços no diálogo.
Na quarta-feira, Gantz alertou para o fato de que Israel estava se preparando para avançar até a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, assim que os civis palestinos fossem retirados da cidade.
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Tel-Aviv alega que Rafah, na fronteira com o Egito, é um reduto do Hamas e que muitos reféns israelenses estão sendo mantidos na cidade. Sem um acordo para a libertação dos reféns, Israel afirmou que vai avançar nas operações militares durante o mês sagrado do Ramadã, que começa em março.
Para proteger suas fronteiras da fuga em massa de palestinos, o Egito já estaria levantando muros para impedir uma travessia.
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Muro Egípcio contra Árabes Islâmicos? Ué, quando Israel de Ariel Sharon, levantou muros entorno da Cisjordânia a GloboNews chamou de muro da vergonha etc. E agora?