Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos, está enfrentado problemas financeiros devido à quantidade de imigrantes ilegais na cidade, que é considerada como um “santuário” para esses estrangeiros. De acordo com relatos de moradores, a situação tem dividido a esquerda em um ano de eleição presidencial.
Na quarta-feira 24, a funcionária pública democrata Cata Truss afirmou em entrevista ao canal Fox News que as pessoas estão “frustradas com a forma com que o partido está lidando com a crise imigratória” e pediu a retirada do status de “cidade santuário” de Chicago. “Não há dinheiro para cuidar dos imigrantes”, afirmou.
Truss revelou que os moradores estão decepcionados com o governo Biden devido à crise na fronteira do Texas com o México e chateados com a falta de investimentos em comunidades de baixa renda e escolas locais. Enquanto isso, segundo ela, os fundos estão sendo direcionados para o cuidado de imigrantes ilegais que chegam para residir em Chicago.
+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste
As autoridades revelam que aproximadamente 34 mil imigrantes ilegais desembarcaram na cidade desde outubro de 2022, resultando em um gasto de mais de US$ 156 milhões com moradia e cuidados.
Durante a entrevista, a funcionária pública contou que tentou agendar reuniões entre os líderes comunitários e os eleitos pelo partido Democrata na região, mas não foi recebida pelos políticos.
“Se não estão dispostos a conversar conosco, se não estão dispostos a nos ouvir, por que deveríamos continuar a apoiá-los?” questionou Truss. “Muitos de nós [democratas] estão abandonando o barco. Não estamos felizes com o que está acontecendo aqui”.
Leia também: “Texas contra Biden: mais de 25 Estados apoiam arame farpado na fronteira”
Prefeito passa de apoiador dos imigrantes a delator da crise
Ao concorrer ao cargo, em abril de 2023, o prefeito democrata Brandon Johnson expressou total apoio aos imigrantes que chegavam à cidade. Menos de um ano depois, o politico progressista afirmou, também na quarta-feira, que a situação “não é sustentável” e disse estar buscando mais assistência federal.
“Eu sei que as pessoas podem questionar o meu estilo”, disse o prefeito, “mas não questionem minha liderança.”
Com os 28 abrigos lotados e diante da falta de recursos para abrir um novo, Johnson convocou uma reunião especial na segunda-feira, 22, com o Metropolitan Mayors Caucus, uma organização composta por 25 prefeitos dos subúrbios vizinhos.
O presidente do Comitê de Direitos de Imigração e Refugiados, o democrata Alderman Andre Vasquez, questionou a posição da cidade e do governo estadual. “Precisamos debater se realmente somos um Estado acolhedor ou um Estado com uma cidade acolhedora dentro dele.”
Leia também: “Crise: centenas de imigrantes estão morando no aeroporto de Chicago (EUA)”
Ex-moradora de rua compara a ajuda aos imigrantes e aos norte-americanos
O investidor imobiliário Chris Amatore contou à rede ABCNews que está fornecendo camas e comida para 57 venezuelanos hospedados em um de seus prédios, e está custeando todos os gastos com recursos próprios.
Amatore afirmou ter ficado assustado ao ver “crianças de 5 anos com casacos” nas ruas, em uma temperatura próxima de 14 graus negativos.
Ao todo, o agente imobiliário, junto com sua família e outros voluntários, já acolheu 448 adultos, abrigando-os em 15 de seus prédios residenciais.
A norte-americana Veronica Cotton é moradora da região onde os venezuelanos foram abrigados. Ela contou que já ficou alguns anos em situação de rua com os filhos e nunca recebeu a ajuda necessária.
“É frustrante”, disse. “Não estou falando que não é certo ajudá-los, mas não é certo que outros não recebam ajuda também.”
Illinois um Estado historicamente de esquerda
Chicago é a maior cidade do Estado de Illinois e historicamente tem tradição de apoiar a esquerda nos EUA.
Tanto o governador, J.B. Pritzker, quanto o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, e o prefeito de Springfield, a capital do Estado, Jim Langfelder, são do Partido Democrata.
Aos que votaram no Bidê, agora que as fezes chegaram no nariz, abre a boca e vão pagar a conta.
Quem mandou fazer o “B” de Bundão ?