O novo presidente da Argentina, o liberal Javier Milei, nomeou nesta segunda-feira, 11, os membros de seu governo, escolhendo mulheres para ocupar a liderança de metade dos ministérios.
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O seu primeiro ato de governo foi cortar pela metade o número de ministérios, passando de 18 para 9. Cumprindo assim a promessa de reduzir drasticamente a burocracia e o custo da máquina estatal da Argentina.
Os novos ministros apontados são:
- Ministério do Capital Humano: Sandra Pettovello
- Ministério da Defesa: Luis Petri
- Ministério da Economia: Luís Caputo
- Ministério da Infraestrutura: Guilherme Ferraro
- Ministério do Interior: Guilherme Franco
- Ministério da Justiça: Mariano Cúneo Libarona
- Ministério das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto: Diana Mondino
- Ministério da Saúde: Mário Russo
- Ministério da Segurança : Patrícia Bullrich
Além disso, Milei conta com sua vice-presidente, Victoria Villarruel, e com seu braço direito, sua irmã Karina Elizabeth Milei, que vai ocupar o cargo de Secretária Geral da Presidência.
Diferente da Argentina de Milei, no Brasil governo é majoritariamente masculino
Por sua vez, no Brasil, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também tomou posse em 2023, é composto por quase 80% de homens.
Mesmo sendo um governo que se define de esquerda e “feminista“, das 38 pastas que compõem o governo do PT, apenas 8 são ocupadas por mulheres.
Além disso, Lula nunca indicou uma mulher para ser sua vice em uma chapa presidencial. em 2002 o vice-presidente foi Marcos Maciel, em 2006 José Alencar, e em 2022 Geraldo Alckmin.
Nem mesmo na tentativa de concorrer em 2018 o vice escolhido para a chapa do petista foi uma mulher, sendo preferido Fernando Haddad.
Em menos de um ano, Lula já substituiu duas ministras por dois homens. Foi o caso da ministra do Esporte, Ana Moser, que foi trocada por André Fufuca. E a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, sucedida por Celso Sabino.
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Lula chegou a demitir também a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, para substituí-la com outro homem, o economista Carlos Antônio Vieira.
Todas as indicações de Lula foram expressão do Centrão, que também teria na mira a cadeira da ministra da Saúde, Nísia Trindade.
No final de outubro, Lula se esquivou da acusação de ter uma baixa presença feminina em seu governo declarando que partidos da base “não têm mulher para indicar”.