Um transportador de carvão grego foi abatido pelo grupo terrorista Houthi, na quinta-feira 13. O ataque ocorreu no Mar Vermelho. Associações marítimas ao redor do mundo pediram aos governos “com influência” que tomem providência sobre a situação.
A Câmara Internacional de Navegação e o Conselho Mundial de Navegação informaram, em comunicado nesta quarta-feira, 19, que o último naufrágio levou à morte de uma pessoa. Pelo menos três marinheiros já foram mortos nos atentados dos Houthis até o momento.
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“Apelamos aos Estados com influência na região para salvaguardarem os nossos marinheiros inocentes e para o rápido alívio das tensões no Mar Vermelho”, escreveram os representantes das instituições.
O apelo ocorre num cenário em que uma das principais rotas marítimas do mundo está praticamente inutilizada por causa dos constantes ataques do Houthi.
O desvio realizado pelas navegações no extremo sul da África aumentou o custo de transporte. O congestionamento nos portos da Ásia e Europa também passou a ser maior.
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“É deplorável que trabalhadores inocentes sejam atacados enquanto simplesmente desempenham o seu trabalho, que é vital e que mantém o mundo aquecido, alimentado e vestido”, disseram as instituições. “Essa é uma situação inaceitável e estes ataques devem parar agora.”
A declaração foi divulgada no dia em que as Operações do Comércio Marítimo do Reino Unido confirmaram o afundamento do transportador.
“Esse é o segundo ataque fatal em que os nossos marítimos foram apanhados na mira de conflitos geopolíticos”, relataram as instituições.
Houthi ataca navios no Mar Vermelho desde novembro de 2023
O grupo terrorista Houthi é alinhado com o Irã. Eles atacam navios no Mar Vermelho desde novembro de 2023, como forma de protesto à guerra de Israel. Os rebeldes, com base no Iêmen, lançam drones e mísseis nos alvos.
Em março de 2024, um navio afundou depois de ser atingido por mísseis balísticos. Além disso, já sequestraram um navio e a tripulação. As pessoas ainda são mantidas com reféns.