Na quinta-feira 12, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, anunciou que o governo federal estuda a retomada do horário de verão no Brasil. A adoção da medida, extinta no país em 2019, teve início no mundo em um cenário de guerra.
A Primeira Guerra Mundial mudou o cotidiano da sociedade em seu tempo. As mudanças foram além do uso de aviões e carros blindados nas batalhas. Em meio ao esforço para economizar recursos, países inteiros adotaram pela primeira vez o horário de verão — o ato de alterar os relógios para o maior aproveitamento da luz solar, e a consequente economia de energia.
Em 30 de abril de 1916, a Alemanha se tornou o primeiro país a adotar o horário de verão no planeta. Poucas semanas depois, no dia 17 de maio de 1917, o Reino Unido — que guerreava contra os germânicos — fez o mesmo.
De acordo com a lei britânica, os relógios seriam adiantados em uma hora à frente do horário de Greenwich — ponto de referência para a medição das horas no mundo. A medida se alastrou rapidamente por várias nações europeias. Além disso, a ideia cruzou oceanos e chegou a países como Estados Unidos, Uruguai, Chile, Cuba e Nova Zelândia.
Horário brasileiro de verão
A adoção da medida no Brasil remonta a uma ditadura. A criação do que hoje é o horário brasileiro de verão ocorreu pelas mãos do presidente Getúlio Vargas. O ditador estabeleceu o adiantamento os relógios em uma hora para valer de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. Em 1933, houve a revogação da medida — que passou a acontecer em períodos de alternância nos anos seguintes.
Apenas a partir de 1985, a alteração se tornou regular no Brasil, ocorrendo anualmente. Em 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto em que instituiu formalmente o horário com o nome de “hora de verão”.