País-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Polônia deixou de fornecer armas à Ucrânia para auxílio em conflito com a Rússia. O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, fez o anúncio na quarta-feira 29.
A relação diplomática já passava por desentendimento devido à proibição de importações de cereais ucranianos por parte da Polônia. O embargo foi renovado e gerou críticas do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira 19, o presidente ucraniano disse que trabalha para estabelecer rotas para a exportação de cereais através do continente europeu. Zelensky disse, contudo, que “o teatro político” em volta desta questão favorece a Rússia.
Leia mais: Zelensky não aplaude Lula durante discurso na Assembleia Geral da ONU
A declaração foi mal vista pelo governo polonês, que convocou seu embaixador para se pronunciar contra as declarações do presidente da Ucrânia na ONU.
O primeiro-ministro Morawiecki afirma que aumentará as restrições comerciais de produtos ucranianos se o conflito sobre os cereais se intensificar.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia tenta acalmar as divergências entre os dois países. Em declaração feita na quarta-feira 20, o porta-voz da pasta pediu para que ambos os governos “ponham de lado as suas emoções”.
Interrupção no fornecimento de armas
O governo polonês, além dos embargos comerciais, não vai mais fornecer armas para a Ucrânia. Segundo o primeiro-ministro da Polônia, isso acontece porque o país quer modernizar seu próprio armamento.
“Estamos concentrados principalmente na modernização e no armamento rápido do Exército polonês, para que se torne um dos exércitos terrestres mais potentes da Europa em um prazo muito curto”, disse Morawiecki. As medidas são anunciadas próximas às eleições que acontecem no próximo mês.
A Polônia tem sido um dos principais aliados da Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Entretanto, as relações entre os dois países pioraram depois do conflito diplomático relativo às exportações de cereais ucranianos.
Leia também: Polônia intensifica presença militar na fronteira com Belarus
A Polonia quer se armar, pois é um inimigo visceral da Rússia.
GENTE, DEIXA A RUSSIA E A CHINA TIMAR CONTA DO MUNDO. DEPOIS VAMOS VER O QUE VAI ACONTECER.