O grupo terrorista islâmico Hamas perdeu contato com Yahya Sinwar, declarado como novo líder em agosto. De acordo com informações da imprensa hebraica, divulgadas no domingo 22, as autoridades de segurança de Israel ainda não têm informações sobre sua situação. Israel está investigando a possibilidade de Sinwar ter sido morto.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, que também é contra-almirante, realizou uma conferência de imprensa na manhã desta segunda-feira, 23, para dizer que não confirma nem nega os relatos. “O objetivo de Israel continua sendo localizar Sinwar, independentemente da veracidade dos relatos”, afirmou Hagari.
Essa situação ocorre enquanto o foco das FDI se desloca para o norte, depois de uma série de ataques contra o Hezbollah na semana passada, que resultaram na remoção de alguns dos principais comandantes militares da organização terrorista.
Além disso, ataques atribuídos a Israel na semana anterior visaram dispositivos de comunicação do Hezbollah, resultando em dezenas de mortes e milhares de feridos.
Hamas não opera mais como força militar organizada, afirma ministro de Israel
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou em uma coletiva de imprensa internacional realizada em 9 de setembro que o Hamas já não opera como uma força militar organizada depois de 11 meses de conflito no Oriente Médio. A guerra entre o Estado israelense e o grupo terrorista teve início no massacre de 7 outubro de 2023.
“O Hamas, como uma formação militar, não existe mais”, declarou o ministro. “O Hamas está envolvido em uma guerra de guerrilha, e ainda estamos lutando contra terroristas do grupo e procurando sua liderança”, afirmou.
Gallant fez referência a Yahya Sinwar, atualmente desaparecido e sem contato com o Hamas. Ele se tornou o primeiro no comando em agosto, substituindo Ismail Haniyeh, que foi neutralizado em julho. O terrorista também é um dos mentores do ataque de 7 de outubro de 2023.
Israel lança maior bombardeiro contra Hezbollah
Dezenas de bombardeios de Israel atingiram o sul e o leste do Líbano nesta segunda-feira, 23, de acordo com a agência de notícias libanesa e correspondentes da AFP.
Os ataques resultaram na morte de pelo menos um civil, depois de o Exército de Israel ter aconselhado a população a se afastar de áreas ocupadas pelo Hezbollah, grupo terrorista aliado do Hamas.
A agência ANI relatou que aeronaves israelenses realizaram mais de 80 bombardeios em um intervalo de 30 minutos na região de Nabatiyeh, no sul do Líbano. Também houve ataques na área de Tiro e no Vale do Becá, no leste do país. Correspondentes da AFP confirmaram a intensidade dos bombardeios nessas áreas.
Segundo a ANI, além do civil morto, dois membros da família dele ficaram feridos, assim como outras quatro pessoas. Uma fonte do Hezbollah, que preferiu não se identificar, afirmou que os ataques no Vale do Becá foram direcionados para regiões do leste e oeste.
O Exército israelense emitiu um comunicado na madrugada desta segunda-feira no qual alertou a população libanesa para se afastar das posições do Hezbollah no sul do país. As autoridades informaram que os bombardeios contra o grupo vão continuar, ainda mais “importantes e precisos”.
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