Cidades que fazem fronteira com o México, como El Paso, no Texas, enfrentam centenas de imigrantes amontoados por vários quarteirões nas calçadas das regiões centrais e se preparam para um aumento considerável de fluxo nos próximos dias. “Isso se deve principalmente ao fim de uma medida contra imigrantes ilegais nos Estados Unidos”, escreve Daniela Giorno, na coluna Instante.
Chamada de Título 42, a medida foi instituída pelo ex-presidente Donald Trump durante a pandemia e permitia a expulsão automática de quase todos que chegassem sem visto ou documentação necessária para entrar nos Estados Unidos.
Diante da situação caótica, El Paso e mais duas outras cidades fronteiriças do Texas — Brownsville e Laredo — declararam estado de emergência.
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Presidente dos Estados Unidos nega imigrantes
No início deste ano, o governo do democrata Joe Biden anunciou que começará imediatamente a barrar cubanos, haitianos e nicaraguenses que cruzam a fronteira dos Estados Unidos de forma ilegal. Essa medida já se aplica aos imigrantes venezuelanos que tentam entrar no país.
Os EUA aceitarão 30 mil pessoas por mês, dos quatro países, por dois anos. Também oferecerão a possibilidade de trabalho regularizado, desde que entrem legalmente, tenham patrocinadores e passem por verificações e checagens de antecedentes.
Segundo as autoridades norte-americanas, houve aumento expressivo do número de imigrantes desses quatro países, que, em comum, têm instabilidade social, crise econômica e perseguição a adversários políticos.
A nova política pode resultar em 360 mil pessoas desses quatro países entrando legalmente nos EUA em apenas um ano. No entanto, o número de pessoas tentando entrar ilegalmente, a pé, pelo México, é muito maior. Apenas em novembro, mais de 82 mil imigrantes foram impedidos de entrar nos EUA.