Com a crescente tensão no Oriente Médio, um ataque a instalações nucleares no Irã estaria em avaliação por parte de Israel. A medida seria uma retaliação ao lançamentos de mísseis iranianos em território israelense, na terça-feira 1º.
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Já nesta quarta-feira, 2, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que não apoiará tal ação. Apesar disso, os norte-americanos estão em colaboração com Israel para formular uma resposta ao incidente.
O programa nuclear do Irã é disperso por várias localidades. Algumas delas são subterrâneas, o que dificulta possíveis ataques aéreos. Há anos, Israel ameaça atacar essas instalações, mas a complexidade e a dispersão das unidades nucleares iranianas representam um desafio considerável.
Infraestruturas nucleares do Irã e dificuldades a Israel
O enriquecimento de urânio pelo Irã é um elemento crítico de seu programa nuclear. Desde a saída dos EUA do acordo nuclear, em 2018, o país islâmico expandiu o programa. Com isso, reduziu o tempo necessário para enriquecer urânio a níveis de armas nucleares, o que gera preocupações internacionais.
Entre as instalações principais, Natanz abriga uma planta subterrânea e outra acima do solo para enriquecimento de urânio. Em Fordow, a localização em uma montanha oferece proteção adicional. Isfahan, a segunda maior cidade iraniana, é sede de um grande centro de tecnologia nuclear.
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Khondab, anteriormente chamado Arak, possui um reator de pesquisa de água pesada em construção. Em Teerã, as pesquisas nucleares são realizadas em um reator de pesquisa. Na costa do Golfo, a usina de Bushehr opera com combustível russo, que é devolvido à Rússia depois do uso, em minimização de riscos de proliferação.
O aumento do enriquecimento de urânio pelo Irã suscita preocupações de que o tempo necessário para a construção de armas nucleares seja apenas uma questão de semanas. A comunidade internacional observa atentamente qualquer escalada na situação, a fim de evitar um conflito mais amplo.
E um desses reatores nucleares na década de 80 para 90 devido às sanções que tomou, teve de continuar a ser desenvolvido acessando o reator situado na Argentina. E para que os iranianos conseguissem o acesso ao mesmo, usaram o Chavez da Venezuela para contatar a Argentina.
Algo que envolve muitos países da América do Sul e que tem a ver com toda a rede muçulmana que hoje se espalha pelo continente.