O governo de Israel anunciou que prendeu oito funcionários de uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que estariam ligados ao Hamas.
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Os funcionários trabalhavam na Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), na Faixa de Gaza. Conforme o jornal israelense Maariv, as Forças de Defesa de Israel foram responsáveis pela operação.
De acordo com o jornal, documentos secretos mostram provas que ligam os funcionários ao Hamas. Eles foram transferidos para Israel para investigação adicional.
O relatório destacou que a UNRWA entrou em contato com Israel e solicitou acesso aos documentos, para contatar os indivíduos.
Israel prendeu os funcionários da ONU desde o início do conflito
Segundo o jornal israelense The Jerusalem Post, a prisão dos funcionários ocorreu durante os últimos meses de combates, de outubro a fevereiro. Um dos detidos é suspeito de participar no massacre que o Hamas conduziu em 7 de outubro.
O documento secreto revela que, recentemente, a UNRWA fez um apelo aos partidos políticos relevantes em Israel, além de uma lista detalhada dos oito detidos.
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A gestão da ONU solicitou as seguintes informações sobre os funcionários presos: onde estão detidos, o estado da investigação contra eles e a comprovação das atividades terroristas.
Conforme o Jerusalem Post, o governo de Israel disse que ainda não respondeu aos apelos da UNRWA e da ONU e que a investigação dos oito detidos continua em curso.
Os funcionários da agência da ONU ligados ao Hamas
O apelo da UNRWA ocorre momentos depois do início da campanha de Israel para retirar a organização de Gaza. Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, revelou o “Folheto da UNRWA” durante o seu discurso na Conferência de Segurança de Munique.
O texto continha provas explícitas do envolvimento dos funcionários da organização em atividades terroristas. “A organização serve como um braço do Hamas — seus líderes deveriam renunciar”, afirmou Katz.
De acordo com as autoridades israelenses, dos 12 mil trabalhadores da UNRWA em Gaza, 440 são terroristas do Hamas. O relatório diz que cerca de 2 mil outros funcionários são agentes registados do Hamas, mas não da ala militar.
Ainda outros 7 mil funcionários da UNWRA supostamente têm um parente de primeiro grau que é terrorista do Hamas. Dos 12 mil funcionários, por volta 9,5 mil estão ligados ao Hamas.
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Estêvão Júnior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro