O Japão pedirá aos países produtores de petróleo no Oriente Médio que aumentem a oferta, informou o primeiro-ministro nipônico, Fumio Kishida, no domingo 13. A medida visa a combater a alta no preço, em razão da invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Estou pronto para liderar os esforços diplomáticos que garantirão os suprimentos de petróleo pelos países do Oriente Médio, com os quais o Japão mantém laços estáveis em relação aos recursos naturais”, afirmou Kishida.
O líder japonês disse ainda que o governo fornecerá subsídios aos distribuidores de petróleo, a fim de evitar que a média nacional de preço suba acima do nível atual — 172 ienes (R$ 7,45) por litro. Na semana passada, os subsídios foram aumentados para quase 18 ienes (R$ 0,80) por litro, acima dos 5 ienes (R$ 0,20) observados anteriormente.
Kishida também revelou que o país diversificará as fontes de energia e seus fornecedores. O objetivo é claro: tornar o Japão mais resistente às crises energéticas. Ele reiterou, todavia, que Tóquio não se juntará a Washington na imposição de sanções contra Moscou. “Permaneceremos firmes contra a agressão da Rússia, mas também precisamos proteger os interesses nacionais do Japão em garantir o fornecimento de energia”, salientou.
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