BUENOS AIRES — O candidato liberal Javier Milei encerrou nesta quarta-feira, 18, sua campanha eleitoral para as eleições presidenciais do próximo domingo.
Em um evento realizado no estádio Movestar Arena, em Buenos Aires, com cerca de 15 mil pessoas participantes, Milei prometeu que a Argentina deixará de ser “uma terra fértil para os políticos corruptos”.
“Teremos no domingo a oportunidade de voltar a ter uma pátria, que o nosso solo deixe de ser uma terra fértil para os políticos corruptos e seja uma terra de oportunidades para todos aqueles que quiserem progredir com base em seu esforço”, declarou o candidato do partido La Liberdad Avanza.
Milei voltou a atacar “a casta de políticos ladrões”, “os empresários que corrompem” e os “jornalistas desonestos”.
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“O kirchnerismo é a maior casta que devemos derrotar”, declarou o economista em um vídeo que foi mostrado ao público antes do comício, em que Milei aparece com bandeiras argentinas atrás dele, como se já fosse presidente da Argentina.
O político também explicou seu conceito de liberalismo, salientando como é uma sociedade prospera, quando há “cooperação social, onde só é possível ter sucesso servindo ao próximo com bens de melhor qualidade a um preço melhor”.
Durante seu discurso, Milei respondeu aos seus críticos, que consideram impossível a dolarização da economia argentina proposta por ele, considerada como “um salto no escuro”.
“De que salto no escuro vocês estão falando?”, disse o político argentino, “Do salto no escuro de vocês, ladrões empobrecedores da casta política.”
“Hoje estamos perante o mesmo dilema de outros momentos de nossa história. Podemos continuar neste caminho, um caminho que é seguro, e que seguramente nos torna pobres, ou podemos voltar a abraçar as ideias de liberdade, que são as que transformaram a Argentina em uma potência mundial”, afirmou Milei.
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O candidato prometeu que, caso ganhe as eleições, a Argentina “pode voltar a ser uma potência mundial”.
“No espaço de 15 a 20 anos podemos ser um país como a Itália, a Espanha, a França. Entre 20 e 25 anos podemos ser como a Alemanha, em 35 anos como os Estados Unidos, e em 40 anos será como a Irlanda“, disse.
Durante todo o evento o telão no palco mostrava a frase “Milei 2023. A única solução“.
Javier Milei pode vencer no primeiro turno
O candidato liberal declarou estar confiante em poder vencer as eleições presidenciais já no primeiro turno. Entretanto, alertou sobre os riscos de fraudes nas urnas.
Milei foi o mais votado nas primárias obrigatórias, realizadas em agosto, mesmo que as pesquisas na época indicassem que alcançaria no máximo a terceira posição.
Dessa vez, as pesquisas o apontam como favorito na eleição presidencial de domingo.
Segundo as regras eleitorais na Argentina, para vencer no primeiro turno, o economista liberal precisará obter 45% dos votos, ou 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo candidato mais votado.
“É importante monitorar para vencer no primeiro turno”, disse do palco, respondendo ao clamor de seus simpatizantes.
“É verdade que precisamos monitorar, precisamos redobrar os nossos esforços para verificar, e, se, além disso, muitas pessoas que não foram votar decidirem fazê-lo, é provável que consigamos vencer no primeiro turno”, explicou.
“A Argentina tem futuro só se esse futuro for liberal”, concluiu Milei.
Participantes do evento mostraram notas de dólares gigantes com rosto de Milei
As cerca de 15 mil pessoas que lotaram o Movistar Arena exibiam notas de dólares gigantes com o rosto de Milei, além de máscaras do candidato.
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Para chegar ao palco, Milei decidiu passar no meio do público, sendo abraçado e ovacionado pelos participantes, ao som de uma música rock local que faz menção ao pânico gerado por um “leão”, um dos apelidos pelos quais o economista liberal é conhecido.
O candidato que anda no meio do publico e é ovacionado pelos participantes, se as eleições forem honestas, ganahrá com tranquilidade.
Mas confesso que não entendi porque ele quer que a Argentina em 40 anos seja igual a Irlanda, ou será que ele não sabe como é a vida na Irlanda?
Milei tem e vai ganhar.
Chega de esquerda destruidora, burocarata, ineficiente e paternalista.