Assessores seniores do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem escondido as falhas mentais do democrata há mais de um ano, afirmou o jornal norte-americano The Wall Street Journal. O debate presidencial com Donald Trump, no mês passado, apenas evidenciou as dificuldades cognitivas do chefe do Executivo norte-americano, ressaltou o veículo de comunicação.
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Dentre as milhares de estratégias da Casa Branca para proteger a imagem pública do político de 81 anos, destacam-se as trocas de itinerário de Biden. A medida evita cenários que exigem respostas rápidas e meticulosas — recursos que faltam na comunicação do presidente.
A equipe do democrata, por exemplo, recusou duas entrevistas no intervalo da final da NFL, o Super Bowl. O evento é um dos mais esperados no calendário esportivo mundial e atinge milhões de pessoas. Além disso, o jornal afirmou que as reuniões com doadores de campanha foram limitadas a “gentilezas roteirizadas”.
Convites de viagens foram negados pela assessoria de Biden por receio do presidente não aguentar tantos compromissos. Em 2022, a equipe cancelou agendas do democrata, por todo o país, para promover sua lei de infraestrutura.
A cortina de fumaça para esconder as gafes públicas de Biden tem irritado muitos doadores e legisladores da campanha, informou o jornal. Eles afirmam ter sido enganados sobre a aptidão mental do atual presidente para um segundo mandato. O alto escalão do Partido Democrata também se preocupa com o fato de ninguém ter coragem de falar para o político, cara a cara, que ele precisa se afastar.
O WSJ afirmou, em janeiro, que o presidente Biden “falou suavemente, fez longas pausas, leu anotações para fazer pontos óbvios e fechou os olhos”.
Biden diz que só vai se afastar do cargo de presidente se o “Senhor todo-poderoso” pedir
O presidente dos EUA disse à emissora de TV ABC News, na sexta-feira 5, que só se afastaria do cargo se o “Senhor todo-poderoso” pedisse. Além disso, minimizou a preocupação interna do seu partido sobre sua permanência na corrida para a cadeira presidencial.
Os relatos do jornal são de antes e depois do debate com Trump, no fim de junho. Mais de uma dúzia de antigos e novos funcionários do governo Biden foram entrevistados, além de legisladores, estrategistas e doadores.