Política peruana está envolvida em escândalo de corrupção da Odebrecht
A líder da oposição peruana Keiko Fujimori, de 44 anos, foi libertada nesta segunda-feira, 4, após três meses de prisão.
Ela estava detida por envolvimento no escândalo da construtora brasileira Odebrecht. Fujimori responde por lavagem de dinheiro acusada de ter recebido contribuições ilegais da empreiteira nas campanhas presidenciais de 2011 e 2016.
A política saiu da prisão feminina de Chorrillos, no sul de Lima, usando uma máscara e luvas brancas. Vestida com uma jaqueta cinza e calça jeans, ela embarcou em um táxi para casa.
Keiko Fujimori foi libertada pelo tribunal de apelações sob fiança de 20 mil dólares, o equivalente a cerca de 110 mil reais.
Ela, no entanto, foi proibida pela Justiça de morar com o marido, o norte-americano Mark Vito Villanella, porque ambos estão sob investigação no mesmo caso.
Antes da partida, Fujimori anunciou nas redes sociais que passaria por testes para o coronavírus antes de se reunir com as duas filhas.
Keiko é chefe do partido Força Popular Fujimorista e chegou perto de ganhar a Presidência em 2011 e 2016. Ela é filha do ex-presidente Alberto Fujimori, que cumpre uma sentença de 25 anos por violações de direitos humanos.
O escândalo de pagamentos ilegais da Odebrecht envolveu dezenas de oficiais de vários governos peruanos, incluindo quatro ex-presidentes.