Ditador da Coreia do Norte teria usado uma “clássica manobra estalinista”, de acordo com uma televisão australiana
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, teria forjado a própria morte com o objetivo de expor traidores do seu círculo íntimo, que almejariam assumir o poder do país governado pela família de Kim desde 1948.
O líder desapareceu da televisão estatal norte-coreana por três semanas, alimentados rumores que estaria gravemente doente, ou mesmo morto. Ele reapareceu no sábado, quando foram divulgadas imagens de Kim visitando uma fábrica.
De acordo com canal australiano Sky News, “em uma clássica manobra estalinista”, o ditador forjou a própria morte para punir aqueles que não demonstraram a fidelidade esperada e para verificar a reação nacional e mundial.
O canal afirma que é possível que estejam acontecendo expurgos de lideranças do Partido Comunista e das Forças Armadas, que conspiraram para assumir o poder, ao acreditar na morte do ditador.
A manobra de Kim também serviu para minar a credibilidade de desertores, que afirmaram que o Kim Jong-un teria morrido após complicações de uma cirurgia. Um dos casos é de Thae Yong-ho, ex-funcionário da embaixada do país em Londres, que fugiu para a Coreia do Sul em 2016.
Por meio de nota, Thae, que foi eleito para o parlamento sul-coreano no último mês, pediu desculpas: “Não importa os motivos. Peço perdão para todo mundo”, afirmou.
Louco de jogar pedra.