Nas semanas que antecederam o debate em Atlanta, contra Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi notado por ex-funcionários e pessoas próximas como cada vez mais confuso ou apático. É o que mostra reportagem do New York Times, publicada nesta quarta-feira, 3.
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Biden, 81, tem enfrentado lapsos de memória e trocas de palavras, comuns para sua idade. Mas, recentemente, esses lapsos se tornaram mais frequentes e preocupantes, especialmente depois de agendas exaustivas.
Momentos de desorientação preocupam aliados
Durante a cerimônia do Dia D na França, em 6 de junho, Biden parecia confuso. No dia seguinte, errou o propósito de uma ajuda militar para a Ucrânia em encontro com Volodymyr Zelensky. Em 10 de junho, congelou em celebração do feriado de Juneteenth.
No evento de imigração em 18 de junho, Biden teve dificuldade para lembrar o nome de Alejandro Mayorkas, mas se recuperou. Seus lapsos são mais prováveis quando está cansado ou em lugares lotados.
As contradições de Biden
Apesar do desempenho no debate, assessores e autoridades estrangeiras afirmam que Biden está em boa forma. Elizabeth Sherwood-Randall, conselheira de Segurança Interna, relatou que ele “digeriu uma quantidade imensa de informações” em 17 de junho.
A Casa Branca frequentemente corrige transcrições de seus discursos, nos quais Biden confunde locais, pessoas ou datas. Em fevereiro, ele reagiu com raiva a um relatório de Robert K. Hur, referindo-se ao ditador do Egito como “presidente do México”.
Viagens e reuniões importantes
Nos 23 dias antes do debate, Biden viajou para reuniões com líderes estrangeiros e participou de uma festa de arrecadação de fundos na Califórnia. Ele culpou a fadiga pelo desempenho no debate “Decidi viajar ao redor do mundo algumas vezes, não sei quantos fusos horários”, disse.
Durante uma reunião com Zelensky, Biden falou baixo e errou o propósito da ajuda, mas fez um discurso firme no Dia D. O presidente da França, Emmanuel Macron, o ajudou a descer uma rampa em um evento, mas Biden se destacou em grandes ocasiões, como no discurso do Estado da União.
Esforços para tranquilizar doadores
Desde o debate, Biden tem tentado mostrar que sua dificuldade em se expressar naquela noite foi uma exceção. Ele fez um discurso robusto em um comício e participou de arrecadações de fundos para tranquilizar doadores.
Assessores relataram que depois de o debate, Biden estava alerta e coerente, gerenciando crises importantes. Durante o ataque do Irã a Israel, Biden repreendeu Netanyahu para evitar uma escalada: “Se você lançar um grande ataque contra o Irã, você está por conta própria”.
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