Por Alan Fernandes (*)
Se eu estivesse aqui apenas como turista já seria uma experiência e tanto. Quem olha para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, jamais poderia imaginar as extraordinárias transformações pelas quais passou esta metrópole em poucas décadas. Onde antes havia deserto, atualmente existe uma próspera cidade que atraem os olhares do mundo. Largas avenidas, novos shoppings e prédios modernos surgiram, incluindo o Burj Khalifa, a construção mais alta do mundo atualmente. Um espigão com nada menos do que 828 metros de altura e 163 andares, superando de longe o segundo maior arranha-céu do mundo, o Shangai Tower, em Shangai (632 metros).
Mas a vinda ao Médio Oriente tem uma motivação comercial, pois como o primeiro exportador brasileiro de vinhos para os Emirados, fui convidado para integrar um grupo de empresários que fazem um tour comercial pelo Golfo Pérsico. E ao desembarcar em Dubai, uma das sete cidades que compõem os Emirados Árabes Unidos, percebi que por ali circulavam pessoas de todas as nacionalidades, fazendo desta cidade uma representante efervescente do processo de globalização. A visita que estamos fazendo inclusive convergiu com a missão oficial que o governo federal fez ao país, ou seja, o Brasil está despertando cada vez mais para as potencialidades do Golfo Pérsico — e que bom que acordou para isso.
Em apenas duas décadas, a população da cidade de Dubai praticamente triplicou e os rendimentos médios aumentaram, comparáveis a boa parte do mundo desenvolvido. O que era um verdadeiro mar de areia na entrada do Golfo, há pouco mais de quarenta anos, agora é um grande centro cosmopolita em plena expansão. O aeroporto de Dubai é hoje um dos mais movimentados do mundo em termos de tráfego. Suas ruas, escritórios e shoppings estão repletos de pessoas.
Mas afinal qual é o segredo de Dubai? Não são os recursos naturais decerto. Ao contrário da maioria de seus vizinhos, eles têm menos petróleo, gás ou outros minerais. Terras agrícolas praticamente inexistem. E ainda assim eles prosperam muito mais que os vizinhos abarrotados de petróleo. Por quê? Porque têm o ingrediente chave para a prosperidade em todas as culturas, continentes e épocas. A economia de Dubai floresceu porque está voltada para a facilitação dos negócios, com baixos impostos e poucas regulações econômicas. E também porque lá impera o Estado de Direito e instituições voltadas ao aprimoramento da confiança mútua.
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Os governantes dos Emirados ajustam o foco no planejamento de funções, no sentido de integrar os setores público e privado, escolas públicas e particulares, os institutos e as universidades. A imagem é de um laboratório de gestão. Em cada empreendimento se vê a preocupação com a qualidade, o detalhe, a lógica, a funcionalidade.
Investiu-se pesadamente em infraestrutura. Rodovias bem conservadas, excelente transporte público e conectividade, incluindo o Dubai Metro com tecnologia de ponta, são apenas alguns dos serviços. A cidade também tem modernas instalações médicas e serviços de emergência hospitalar. O turismo é outra importante alavanca, apoiada na excelência da rede hoteleira. São mais de 670 hotéis, totalizando cerca de 100 mil quartos. Espaços para eventos presentes nos hotéis complementam a oferta, proporcionando serviços completos, seja para eventos sociais ou de negócios. O Centro de Convenções e Exposições de Dubai conta com mais de 10 mil metros quadrados de espaço para exposição e reuniões e está localizado a apenas 10 minutos de carro ou a um trajeto da linha do Metro Red para o aeroporto.
Em 2019, quase 17 milhões de estrangeiros escolheram Dubai como destino, seja para lazer, negócios ou eventos. Lição mais que pertinente para o Brasil que possui 8 mil quilômetros de costa e belezas naturais incomparáveis, mas que patina no setor turístico por uma série de fatores do passado que nos colocam literalmente no Velho Oeste, com direito a experiências de trocas de tiros entre policiais e bandidos dependendo da má sorte do turista em alguma cidade.
E ainda há quem tente usar o argumento de que daquele tórrido deserto se extraem diariamente 3 milhões de barris de petróleo e, com essa riqueza (a sexta maior reserva do mundo), qualquer país seria capaz de transformar deserto em ouro. Mas como vimos não nada disso. Reforço, o Emirado de Dubai quase não tem petróleo. Mas em contraponto ele é um efervescente centro de serviços, a exibir uma arquitetura futurista, cujos traços indicam a opulência em encontro com o arrojo e a beleza. O resultado é uma apreciada coleção de monumentos e projetos qualificados por superlativos: o mais alto, o mais extenso, o mais exótico, a arquitetura mais criativa, a melhor experiência gastronômica, e por aí vai.
Tanto em Dubai, a primeira cidade, quanto na capital dos Emirados, Abu Dhabi, que é o maior Estado (86,7% da área), transparecem sinais de um progresso que se instala, a passos avançados, não apenas pela pujança financeira decorrente de recursos do petróleo, mas pela visão apurada e competente de seus líderes.
O impossível é possível. Essa frase pôde ser vista por todos os cantos por onde passamos em Dubai e também nas cidades do entorno. A prova viva de que uma ideia visionária pode transformar areia em desenvolvimento. Se lá, uma terra de poucos recursos, conseguiram essa façanha imaginem o que seria possível em nosso país.
Alan Fernandes é empresário exportador de vinhos e presidente da 067 Vinhos, participante da delegação brasileira nos Emirados Árabes a convite da Câmara de Comércio Árabe Brasileiro
Liberdade e ausência de parasitas esquerdopatas!
Nunca fui nem irei a Dubai. Isso aí deve ser uma merda. Pergunta ao articulista: onde se pega mulher em Dubai??
Não podemos esquecer que o atraso do Brasil são os esquerdistas e o stf!
Também não tem stf, senadores de rabo preso……
Certamente lá não há pelegos de esquerda!
Como sempre quem tem limitações são os que buscam soluções criativas.