O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia como positivo o desempenho da diplomacia do país no comando do conselho de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil ficou à frente do colegiado durante todo o mês de outubro.
+ Leia mais sobre o Mundo em Oeste
Lula falou do trabalho brasileiro à frente do conselho de segurança da ONU na manhã desta terça-feira, 14, durante a transmissão on-line que realiza semanalmente. Ele elogiou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e definiu o trabalho do país na questão como “extraordinária”.
“O Brasil na presidência do conselho de segurança fez um trabalho extraordinário”, disse Lula. “O Mauro Vieira foi excepcional.”
Ciente de que, durante o mês em que ficou à frente do colegiado da ONU, o Brasil não conseguiu aprovar nenhuma resolução a respeito do conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel, o petista tentou culpar os Estados Unidos (EUA).
Na live semanal, Lula afirmou que o documento formulado pelo Brasil chegou a ter o aval de 12 países, além de abstenções por parte do Reino Unido e da Rússia. Ele lembrou, porém, que a resolução brasileira foi rejeitada pelos EUA. Integrantes permanentes do conselho de segurança da ONU, os norte-americanos têm poder de veto.
Lula não explicou, no entanto, a razão para os EUA não aprovarem a resolução da diplomacia brasileira no caso da guerra que ocorre no Oriente Médio. Os norte-americanos chamaram a atenção para o fato de o Brasil não registrar o direito de Israel se defender do Hamas — grupo extremista que o governo Lula não classifica como terrorista.
Lula critica o formato do conselho de segurança da ONU
O conselho de segurança da ONU conta com 15 países-membros. Desses, cinco são integrantes permanentes: China, EUA, França, Reino Unido e Rússia — sendo que eles têm poder de veto. Atualmente, além do Brasil, os membros rotativos são Gabão, Gana, Moçambique, Emirados Árabes Unidos, Japão, Albânia, Equador, Malta e Suíça.
Diante desse formato, Lula criticou o conselho. De acordo com o brasileiro, o grupo deveria passar por mudanças, a começar com o aumento dos membros permanentes — posição que, a saber, é pleiteada pelo Brasil.
Leia também: “O fiasco diplomático de Lula”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 187 da Revista Oeste
Aquele projeto de Ministro não deu uma dentro. Que baboseira…!
Um extraordinário fiasco .