Em viagem à Espanha, o presidente Lula disse que a atual proposta de acordo comercial entre União Europeia (UE) e Mercosul “ainda é impossível de aceitar” e que o Brasil vai propor mudanças. A declaração sobre o acordo Mercosul-UE foi feita em entrevista ao jornal El País, mas Lula não deu detalhes das mudanças necessárias.
“Estamos em 2023 e a proposta ainda é impossível de aceitar. Vamos propor mudanças”, disse Lula. Ao mesmo tempo, o presidente manifestou esperança de que o acordo seja fechado neste ano. “Vou trabalhar para que se possa ratificar o acordo neste ano. Por parte do Mercosul, acredito que é possível firmá-lo. Agora, precisamos ver o que quer a UE”, declarou.
Segundo a agência Reuters, uma fonte diplomática disse, no entanto, que apesar da manifestação de Lula sobre possíveis alterações, o governo teme reabrir as negociações do acordo porque poderia haver extrema dificuldade para fechar o acordo. Segundo a fonte, uma alteração a pedido do Mercosul poderia gerar um pedido de mudança pelos europeus num ciclo ilimitado.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, ao participar de entrevista coletiva conjunta com Lula também disse que tem esperanças de finalizar o acordo neste ano. Sánchez reconheceu que há dúvidas entre membros da UE sobre o acordo, mas pretende solucionar todos os questionamentos até o fim do ano. Em 2019, a UE e o Mercosul anunciaram um acordo comercial depois de mais de 20 anos de negociações.
O acordo, contudo, ficou parado, pois líderes europeus acusaram o ex-presidente Jair Bolsonaro de cometer “violações ambientais graves”. Com o retorno Lula, a UE mudou o tom com o Mercosul e voltou a ter pressa nas negociações.
Recentemente, com as declarações de Lula sobre a guerra na Ucrânia, igualando a responsabilidade dos ucranianos com a dos russos, que invadiram o país vizinho, a UE manifestou preocupação com o Brasil. Um documento confidencial do bloco, divulgado recentemente, destaca de maneira negativa o trabalho atual da diplomacia brasileira e a postura do país quanto a questões delicadas no cenário internacional.
Leia também: “Macron e o jogo sujo contra o agro brasileiro”, artigo de Caio Coppolla para a Edição 110 da Revista Oeste.
Vai ceder mais para o Macron, o congelar o acordo para beneficiar o agro frances.
Vai facilitar mais para entregar nossa produção para a União Européia mais barato.
Bolsonaro defende os interesses do Brasil. É natural que seja mal visto por alguns.
Nota-se que a UE é extremamente correta em sua avaliação. SQN. O desmatamento com o cachaça cresceu enormemente.
As violações ambientais graves continuam mas isso não parece ser nenhum problema para a União Europeia.
Também a ladroagem e corrupção endêmicas desse novo governo brasileiro, parecem não incomodar os europeus para a celebração de acordo com o Mercosul, lamentávelmente.
Luladrão se tornou o vexame do povo brasileiro, um experimento da futilidade. Ele não resolve absolutamente nada e faz declarações insanas.