O presidente da França, Emmanuel Macron, indicou nesta quinta-feira, 14, em entrevista à televisão nacional francesa, a possibilidade de enviar tropas para ajudar a Ucrânia na guerra contra a Rússia. Para o mandatário francês, qualquer pessoa que defenda “limites” no apoio a Kiev “escolhe a derrota”.
Macron afirmou que uma possível vitória russa no conflito em curso “reduziria a credibilidade da Europa a zero”, pois, segundo ele, significaria que os países europeus “não têm segurança”.
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Opinião isolada
No mês passado, Macron levantou publicamente a possibilidade de enviar tropas ocidentais em ajuda a Volodymyr Zelensky, o que gerou reação de outros líderes europeus e deixou o francês em opinião isolada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Hoje, para ter paz na Ucrânia, não devemos ser fracos”, argumentou Macron em sua defesa bélica durante a entrevista ao canal francês. “Devemos analisar a situação de forma lúcida, e, com determinação, vontade e coragem, dizer que estamos prontos para alcançar os meios para atingir nosso objetivo, que a Rússia não vença.”
Um dos que ergueram a voz em fevereiro contra a sugestão de Macron foi o chanceler alemão, Olaf Scholz. Ele chegou a divulgar que os participantes do bloco concordaram que não haveria “tropas terrestres” enviadas por países europeus para o solo ucraniano.
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Macron terá reunião com Scholz
Na quarta-feira 13, o alemão tentou amenizar as especulações sobre possíveis tensões entre a França e a Alemanha. Scholz afirmou que o relacionamento pessoal com Macron é “muito bom”.
Nesta sexta-feira, 15, Scholz e Macron se encontrarão em Berlim para uma cúpula destinada a mostrar a união. O primeiro-ministro polonês, Donald Trusk, também estará presente.
Na terça-feira 12, Macron obteve uma vitória no Congresso, quando os legisladores franceses aprovaram o apoio do governo à Ucrânia, incluindo um item sobre segurança bilateral, assinado pelos dois presidentes, francês e ucraniano.
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Eleições na Rússia podem impactar preços na França
Nesta semana, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, afirmou que uma vitória do presidente russo, Vladimir Putin, na guerra em curso seria um “desastre” para o poder de compra das famílias francesas. Segundo o premiê, os preços dos alimentos e da energia disparariam.
As eleições presidenciais na Rússia começaram nesta quinta-feira e terminam na noite de domingo 17, pelo horário de Moscou. Putin tem três opositores na disputa pelo cargo no Kremlin. Entretanto, analistas políticos e observadores internacionais afirmam que a vitória dele é certa e, portanto, será reconduzido ao cargo por mais seis anos de mandato.
Alguém vai avisar para ele que a credibilidade da Europa já é zero? A U.E. nasceu sobre ideais socialistas e está fadada a ser ineficiente, sempre buscando justificativas para manter se de pé e controlar sua população.
Parece que na Europa só tem um com certa coragem…
O que França tem a ver com Ucrânia?!
sem qualquer pretensão de discordar de sua questão, mas a mim há alguns pontos: a credibilidade da Otan se não me engano 38 países incluindo EUA apoiando a Ucrânia..se o Putin anexar a mesma será uma desmoralização da Otan. Putin tem o sonho de recriar a antiga URSS se tomar a Ucrânia sentirá terreno fértil para avançar sobre outros países fronteiriços com a Rússia. Putin é um psicopata, paranoico, criminoso que precisa ser detido em tempo hábil. Agora não sei se a Otan participaria do entusiasmo de Macron, pois o envio de soldados no combate, poderia eclodir na III Guerra…..Putin queira ou não tem material nuclear para tal. O melhor dos mundos é que outro Laurent Beria na própria Rússia, desse o chazinho da meia noite para o mesmo.
Nesse ponto o Macron está certo, ou vai ou racha, ficar em cima do muro como seus colegas europeus estão ficando, é fria. E o Putin, que direto fica latindo que tem bomba atômica, deve ser lembrado que a França também a tem.