Emmanuel Macron nomeou Michel Barnier, ex-negociador da União Europeia (UE) para o Brexit, como primeiro-ministro depois de semanas de negociações devido a uma eleição antecipada inconclusiva, relata a CNN.
Barnier, de 73 anos, liderou as negociações do Brexit entre 2016 e 2021 e ocupou cargos em governos franceses e na UE. Macron considerou outros candidatos, mas nenhum teve apoio suficiente.
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O partido direitista Reagrupamento Nacional (RN) sinalizou que pode apoiar Barnier caso algumas condições impostas pelo grupo sejam cumpridas, apesar de seus dirigentes não estarem particularmente entusiasmados.
Durante sua tentativa fracassada de 2021 para a Presidência, Barnier endureceu seu discurso sobre imigração, uma posição alinhada com a do RN. O RN foi fundado em 1972 e teve como primeiro líder Jean-Marie Le Pen, ex-deputado, e pai de Marine Le Pen, a atual líder do partido.
Eleições e alianças que possibilitaram a escolha de Macron
A aliança centrista de Macron perdeu assentos nas últimas eleições, e a Nova Frente Popular, de esquerda, foi a mais votada. Macron descartou formar governo com eles depois que houve a rejeição de outros partidos.
Mesmo com a nomeação de Barnier, a paralisia política pode continuar. Macron não pode convocar novas eleições até julho do próximo ano.
Segundo o jornal Le Monde, a opção de Macron surgiu no final de uma longa hesitação dentro de uma situação sem precedentes na história recente francesa. Macron pediu ao novo primeiro-ministro, Barnier, que “forme um governo unido ao serviço do país ”.
O legislador do RN, Sebastien Chenu, afirmou que o partido aguardará a posição de Barnier sobre imigração e mudança no sistema de votação. Laurent Jacobelli, também do RN, disse que a dissolução do Parlamento deve ocorrer o mais rápido possível e que o RN quer representação proporcional nas eleições parlamentares.