O ditador da Venezuela Nicolás Maduro retirou o convite que tinha enviado ao ex-presidente da Argentina Alberto Fernández para acompanhar as eleições no país, marcadas para este domingo, 28.
A informação foi divulgada pelo próprio Fernández em sua conta na rede social X/Twitter. Na postagem, o peronista incluiu a carta em que Maduro convidava o ex-presidente argentino para o pleito.
“Como se pode verificar na nota apresentada, o Conselho Nacional Eleitoral da República Bolivariana da Venezuela me convocou para participar como observador das eleições que serão realizadas naquele país no próximo domingo”, escreveu Fernández.
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“Ontem, o governo nacional venezuelano me transmitiu o desejo de que eu não viaje e desista de cumprir a tarefa que me foi confiada pelo Conselho Nacional Eleitoral”, acrescentou.
Maduro acusou Fernández de desestabilizar processo eleitoral
Segundo Alberto Fernández, o motivo para a retirada do convite estaria relacionado a declarações feitas por ele a um meio de comunicação nacional que, segundo ele, causaram “desconforto” e levantaram dúvidas sobre a “imparcialidade” do ex-presidente argentino.
“Eles entenderam que a coincidência com o que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, havia expressado um dia antes gerou uma espécie de desestabilização do processo eleitoral”, afirmou.
Como puede verse en la nota que se muestra, el Consejo Nacional Electoral de la República Bolivariana de Venezuela me convocó a participar como veedor de la elección que se celebrará en ese país el próximo domingo.
— Alberto Fernández (@alferdez) July 24, 2024
En el día de ayer, el gobierno nacional venezolano me transmitió… pic.twitter.com/MAVkjCwJIS
“Devo esclarecer que não entendo tal desconforto”, continuou. “Eu apenas disse que numa democracia, quando o povo vota, ‘quem ganha ganha e quem perde perde’ e se o partido no poder fosse eventualmente derrotado, teria de aceitar o veredicto popular. A oposição deverá fazer o mesmo caso o resultado seja adverso.”
Fernández afirmou ainda que recebeu a notícia com “grande pesar”, mas expressou seus “melhores votos” para que a Venezuela tenha um futuro melhor.
“O meu maior desejo é que a Venezuela, que nos últimos anos foi assediada por ameaças de invasão e a sua economia prejudicada por um bloqueio brutal, possa realizar as suas eleições de forma transparente, e que o veredicto popular seja respeitado seja qual for o resultado”, escreveu.
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“Se esse objetivo for alcançado, o povo venezuelano recuperará a convivência democrática e os milhões de venezuelanos que tiveram de emigrar poderão regressar àquela terra maravilhosa onde nasceram”, concluiu.
FOGO NO PARQUINHO…
Maduro está ardendo na pira.
Interessante a fragilidade dessas “democracias” onde qualquer comentário é o suficiente para “DESESTABILIZAR” o processo eleitoral.
Com 25% da população que já não mora mais na Venezuela, não se pode dizer que por lá o governo seja popular. O amigo do Garanhuns vai fazer do mesmo jeito que foi feito aqui em 22: fraudar.
Torço pra briga.