Teme-se que os visitantes demorem a voltar e a população sofra com a fome
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A Ilha de Páscoa, que depende totalmente do turismo, vive um dos momentos de maior incerteza frente à pandemia de covid-19.
Com pelo menos dois casos confirmados de coronavírus, o território, que pertence ao Chile e está a mais de 3.500 quilômetros do continente, ficou isolado.
As autoridades locais acreditam que a expansão do vírus está quase contida, mas temem as consequências da redução abrupta no turismo.
Os pouco mais de 8 mil habitantes da ilha mostram-se inseguros quanto aos próximos meses.
Conforme disse o prefeito da ilha, Pedro Edmunds, à agência France-Presse, no fim de abril cerca de 3 mil pessoas “se encontrarão nas ruas implorando comida a alguma autoridade local ou nacional, porque não terão como sobreviver”.
Com a ilha fechada, os habitantes podem sobreviver por volta de um mês, avalia o prefeito.
Em tempos normais, cerca de 100 mil visitantes chegam em média todo ano a essa ilha vulcânica na Polinésia.
O local é famoso, principalmente, pelos moais, estátuas de pedra de figuras humanas com cabeça gigante, cuja construção ainda é um mistério.
O prefeito espera que a recuperação comece a ocorrer em agosto, em parte devido à eventual chegada de turistas.
O desafio à frente é melhorar a infraestrutura com o propósito de “reencantar as pessoas para que queiram voltar”, disse Sabrina Tuki, que se dedica ao turismo na ilha há 20 anos.