Marido militar de brasileira combate por Exército de Israel

A brasileira Aline Szewkies, residente em Israel, contou ao programa Oeste Sem Filtro como está a sua rotina após os ataques terroristas do Hamas. O marido de Aline é militar e foi convocado para ampliar a atuação das Forças Armadas do país.

Guia de turismo e youtuber do canal “Israel com Aline”, a brasileira enfrenta um momento delicado: ela tem um bebê e está grávida.

Sua entrevista ao Oeste Sem Filtro foi ao ar na edição da última segunda-feira, 9. 

Aline mora na cidade de Jerusalém. Apesar da constante preocupação com a segurança do marido, ela ressalta que o clima na região onde vive está mais tranquilo.

“Comparado com a realidade da população ao sul, a vida aqui segue relativamente normal: as pessoas vão ao trabalho, os mercados estão abertos e o transporte público está funcionando”, relatou.

Ciberataque

Sobre a possível razão da vulnerabilidade de Israel que deu início a esta guerra, Aline enumerou duas razões que têm sido especuladas.

O primeiro ponto, de acordo com a brasileira, é que o terror do Hamas não teria chegado apenas por terra, ar e mar. “Acredito em um ciberataque.”

Ciberataques são tentativas de roubar, expor, alterar, desativar ou destruir informações por meio de acesso não autorizado a sistemas de computador.

“O Irã realizou um ataque cibernético e desestabilizou o sistema de monitoramento de Israel. Foi um esquema muito bem organizado pelos terroristas”, acredita.

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O segundo ponto ventilado por Aline diz respeito ao foco da nação nas questões políticas.

“Nos últimos meses, temos visto muitas manifestações políticas em Israel, especialmente para discutir a reforma no sistema judiciário”, recordou. 

Para a youtuber, o país estava muito preocupado com as crises políticas internas. “Tanto que, por um momento, esqueceu que o inimigo verdadeiro está do lado de fora: vem dos grupos terroristas e do Irã.”

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Minorias 

Com relação à diversidade étnica e religiosa de Israel, Aline afirma também que as pessoas erram quando dizem que é a população israelense que está sendo atacada.

“Muitos esquecem que a população do país é muito diversa, e os mísseis do Hamas não perguntam qual é a sua origem ou religião”, ironizou Aline. “Não só os judeus estão sendo atacados, mas minorias como os árabes cristãos e também os árabes muçulmanos, que representam 20% da população de Israel.”

População desaprova Hamas

Aline explica ainda que a maioria da população, tanto da Cisjordânia quanto de Gaza, só quer viver dignamente, no entanto, o Hamas a impede. 

“Esses terroristas só usam a população palestina como escudo humano. Tudo que o Hamas faz é causar sofrimento”, lamenta.

A brasileira é enfática: “o Hamas é um grupo terrorista; na lei deles nunca existiu nem existirá democracia”. 

Ela lembra que se alguém for às ruas e disser que não quer o Hamas, essa pessoa morre.

“Muitos dissidentes políticos, que foram contra o esse grupo abertamente, foram mortos, arrastados pelas ruas para servir de exemplo. A população de Gaza não tem poder contra o Hamas”.

Posicionamento do Brasil

Com relação ao posicionamento do governo brasileiro nesta guerra entre Israel e o Hamas, Aline diz que gostaria de ver um pronunciamento diferente.

“O governo do Brasil deveria ter uma posição muito clara contra o terrorismo, principalmente agora que ocupa a presidência do Conselho de Segurança da ONU“, criticou.

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