Um integrante do Estado Islâmico, Ali Harbi Ali, de 26 anos, foi condenado nesta segunda-feira, 11, pelo assassinato do deputado britânico David Amess. O político foi apunhalado a facadas durante encontro com eleitores em outubro de 2021.
De acordo com o jornal The Independent, Ali Harbi se recusou a ficar em pé durante o julgamento, por motivos religiosos. A família de David Amess também esteve presente no momento da leitura do veredicto.
O jovem foi declarado culpado de maneira unânime pelo júri, em uma decisão que demorou apenas 18 minutos. “Não pode ter sido fácil ouvir as evidências que vocês ouviram”, disse o juiz Nigel Sweeney aos jurados.
Durante a condenação, o apoiador do Estado Islâmico se declarou inocente e também disse estar arrependido pelos seus atos. Entretanto, durante pronunciamento, afirmou que David Amess “merecia morrer”. Segundo ele, o representante britânico, conhecido por defender no Parlamento os ideais católicos, votou a favor dos ataques aéreos à Síria em 2014 e 2015.
Cena do crime
A morte do deputado aconteceu durante encontro com apoiadores na Igreja Metodista de Belfairs, em Leigh-on-Sea, a 60 quilômetros de Londres. Ali Harbi apunhalou o deputado com uma faca por aproximadamente 20 vezes.
A arma havia sido comprada pelo assassino seis anos antes e ele a carregava durante todo o verão de 2021, em busca de alvos que “provocassem danos” aos muçulmanos e autorizassem bombardeios na Síria. David Amess foi socorrido, mas não sobreviveu. Ali Harbi foi preso no local.
Repercussão
Após a decisão do júri, o primeiro-ministro, Boris Johnson, escreveu uma homenagem a David Amess em sua conta no Twitter. “Sir David Amess foi um querido colega, funcionário público e amigo que defendeu a cidade de Southend em tudo o que fez. Meus pensamentos hoje permanecem com Julia, a família Amess e todos aqueles que o conheceram e o amaram”, lamentou o político.
Sir David Amess was a beloved colleague, public servant and friend who championed the city of Southend in everything he did.
My thoughts today remain with Julia, the Amess family and all those who knew and loved him.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) April 11, 2022
A pena do condenado sairá nesta terça-feira, 12. Ali Harbi nasceu em Londres. Sua família é de origem somali, grupo étnico do chamado Chifre da África, no nordeste do continente. Em 2014, o jovem abandonou a faculdade de Medicina para se integrar ao Estado Islâmico.
Na Europa cometer crime hediondo, a coisa realmente pega. Suas leis estão a anos-luz na frente da baderna jurídica quanto às aplicações e cumprimento das leis brasileiras. Imagina se aqui a coisa funcionasse como lá, onde iam colocar tanto marginal, mesmo com as indecentes e imorais progressões de penas? Coisa para o século XXII, talvez!