A empresa Meta, que controla o Metaverso, o Facebook, o WhatsApp e o Instagram, foi multada em € 390 milhões (equivalente a R$ 2,2 bilhões), por forçar seus usuários a aceitarem anúncios personalizados.
O órgão regulador da União Europeia responsável pela multa concluiu que a empresa não deixava claro o uso de dados pessoais. A big tech tem um prazo de três meses para ajustar os anúncios veiculados na plataforma.
A decisão foi considerada um dos julgamentos mais importantes desde que o bloco de 27 nações promulgou a lei histórica de privacidade de dados, que visa a restringir a capacidade do Facebook, do Instagram e de outras empresas de coletar informações sobre usuários sem seu consentimento prévio.
Caso os usuários optem por não compartilhar seus dados, a receita da empresa corre risco, já que a publicidade é uma das principais fontes de renda da plataforma. Essas práticas ajudaram a Meta a gerar US$ 118 bilhões em receita em 2021.
Embora a empresa seja alocada nos Estados Unidos, não há lei federal de privacidade de dados. Apenas alguns Estados, como a Califórnia, implementaram medidas para criar regras semelhantes às da União Europeia. Muitas empresas de tecnologia aplicam as regras em nível global, porque é mais fácil do que limitar as propagandas somente na Europa.
A Meta disse que apelará da decisão e afirma que a abordagem da empresa está em consonância com as diretrizes da União Europeia e acusa os reguladores de “forçar as empresas a mudarem suas práticas de negócios”. “Acreditamos firmemente que nossa abordagem respeita o GDPR [Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados] e, portanto, estamos desapontados com essas decisões”, disse o Facebook, em um comunicado.”
Em novembro de 2022, a Meta foi multada em cerca de R$ 1,5 bilhão pelas autoridades irlandesas, por um vazamento de dados descoberto no ano passado, que levou à publicação on-line de informações pessoais de mais de 500 milhões de usuários do Facebook.