O Ministério da Justiça da Coreia do Sul proibiu nesta segunda-feira, 9, o presidente Yoon Suk-yeol de sair do país. Ele enfrenta investigações relacionadas a acusações de traição e outros crimes. A decisão ocorreu logo depois que o presidente decretou lei marcial na semana passada. A medida gerou intensa controvérsia política e social.
O Escritório de Investigações de Corrupção de Altos Funcionários (CIO) apresentou o pedido de restrição de viagem ao Ministério da Justiça. Oh Dong-hoon, representante do CIO, anunciou a solicitação durante uma sessão na Assembleia Nacional. Segundo autoridades, a polícia e o Ministério Público conduzem apurações que indicam Yoon como suspeito de traição, motim e abuso de poder.
Outras autoridades do alto escalão governamental e militar também enfrentam as mesmas acusações. Essas ações teriam sido motivadas por interesses políticos pessoais e pela proteção da primeira-dama. Ela é acusada de corrupção.
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O CIO teve sua criação em 2021, para garantir investigações imparciais contra funcionários de alto escalão. A entidade solicitou que a polícia e os promotores transferissem o caso para sua jurisdição. Essa medida destaca a importância de uma apuração detalhada sobre o caso, que abalou as estruturas políticas do país.
Parlamento da Coreia do Sul rejeitou moção que buscava destituir presidente
No sábado 7, o Parlamento rejeitou uma moção que buscava destituir Yoon do cargo. Mesmo assim, o Partido do Poder Popular (PPP), que apoia o presidente, sugeriu que ele renunciasse, de forma planejada e controlada.
O Partido Democrático (PD), principal força de oposição, classificou o plano do PPP como inconstitucional. O PD pretende apresentar uma nova moção na quarta-feira. O objetivo é destituir Yoon por meio de votação parlamentar.
Para aprovar o afastamento, o PD precisa do apoio de pelo menos oito membros do PPP. No sábado, apenas três deputados do partido governista votaram favoravelmente. O número foi insuficiente para alcançar a maioria de dois terços necessária.