Há 10 anos, na madrugada de 8 de março de 2014, horário local, o avião da Malaysia Airlines desapareceu 40 minutos depois da decolagem, em Kuala Lumpur, na Malásia. A aeronave transportava 239 pessoas, dos quais 227 passageiros e 12 tripulantes.
O Boeing 777-200 deveria desembarcar em Pequim, capital da China, mas desapareceu subitamente das telas do radar. De acordo com as autoridades malaias, as condições meteorológicas estavam favoráveis. O sumiço repentino do avião completa uma década nesta sexta-feira, 8.
As autoridades informaram, nesta semana, que podem retomar as buscas pelo voo MH370. A declaração se deu depois de uma empresa propor uma nova ronda no sul do Oceano Índico. A proposta, contudo, ainda não recebeu aprovação das autoridades.
Alguns familiares das vítimas, principalmente de membros da tripulação, ainda esperam por respostas, enquanto enfrentam acusações e teorias conspiratórias sobre o voo que desapareceu.
Passageiros do avião Malaysia considerados mortos
Em 29 de janeiro de 2015, as autoridades declararam, oficialmente, que o avião da Malaysia Airlines sofreu um acidente e que todos a bordo deveriam ser considerados mortos. O anúncio abriu caminho para o pagamento de indenização às famílias.
“É com o coração pesado e com profunda dor que declaramos oficialmente, em nome do governo da Malásia, que o voo MH370 Malaysia Airlines foi vítima de acidente”, disse, na época, o chefe da aviação civil malaia, Azharuddin Abdul Rahman.
As buscas pelo avião, uma das mais caras já feitas, foram oficialmente encerradas em 2017. A declaração partiu dos governos da Austrália, da Malásia e da China, em conjunto.
Teorias sobre o desaparecimento
As informações sobre o voo são escassas. A área de buscas se estendia do Cazaquistão, na Ásia Central, até a Antártida. Até hoje, não se sabe exatamente onde foi a queda. Mas o maior consenso é de que o avião Malaysia tenha caído no sul do Oceano Índico.
O motivo da queda ainda é um mistério. Para explicar o caso, surgiram teorias da conspiração, como sequestro, terrorismo, suicídio, briga e até desorientação espacial. Contudo, nunca houve confirmação de nenhuma delas.
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Em setembro de 2015, a Justiça francesa anunciou que os fragmentos achados na Ilha de Reunião (próxima da costa de Madagascar, no Oceano Índico) em julho do mesmo ano procedem “com certeza” do voo MH370.
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Encontraram parte de uma das asas do avião, o pedaço de dois metros de comprimento, o flaperon. Nas proximidades, também foram achados os restos de uma mala e garrafas com inscrições em indonésio e chinês.
Nos anos seguintes, as autoridades encontraram mais objetos do Malayisa em Moçambique, África do Sul, Ilhas Maurício, Madagascar e Tanzânia.
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