Moldávia reforça apoio à adesão à União Europeia, mesmo com suposta interferência russa

Em meio a um cenário de tensões internacionais, a Moldávia tem manifestado seu apoio à adesão à União Europeia, apesar das interferências externas, especialmente da Rússia. Esse posicionamento foi reforçado depois do resultado do referendo sobre a adesão ao bloco.

A presidente Maia Sandu destacou a importância de avançar com a integração europeia, mesmo diante de desafios externos. Sandu afirmou que “a interferência estrangeira não deve ditar o futuro da Moldávia”, enfatizando a soberania do país nas suas decisões. As informações são do jornal El País.

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Com 2,5 milhões de habitantes, a Moldávia vive um momento de intensa polarização entre a possibilidade de adesão à União Europeia e a influência da Rússia. O referendo constitucional realizado neste domingo, 20, foi marcado por campanhas de grupos pró-russos que incentivaram o boicote ao pleito.

Com quase 100% das urnas apuradas, e restando apenas alguns votos do exterior, a opção de avançar no processo de adesão à UE, apoiada por Sandu, conquistou uma vitória apertada. A margem foi mínima: 50,45% dos eleitores votaram a favor da adesão, enquanto 49,55% foram contrários.

Maia Sandu atribuiu a estreita diferença de votos à interferência de “grupos criminosos e forças estrangeiras hostis”, que teriam comprado 300 mil votos para tentar manipular o resultado. “O objetivo deles era minar o processo democrático, espalhando medo e pânico na sociedade”, afirmou a presidente, sem mencionar diretamente a Rússia.

Impacto no futuro político da Moldávia

Além do referendo sobre a União Europeia, as eleições presidenciais parciais têm gerado atenção. Figuras políticas, como Nicu Popescu e Vadim Pistrinciuc, têm comentado o impacto dos resultados eleitorais no futuro político da Moldávia.

Internacionalmente, a reação dos EUA tem sido de apoio à decisão moldava, enquanto a Rússia manifesta preocupações sobre as implicações geopolíticas. A situação na Transnístria também é um ponto crítico, com possíveis implicações futuras na estabilidade regional.

Nesta segunda-feira, Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, celebrou o resultado e parabenizou a Moldávia. “Muito bem, República da Moldávia! Obrigada pela sua bravura”, escreveu Metsola no Twitter/X. Em romeno, ela acrescentou: “A Europa é Moldávia e Moldávia é Europa. Nosso futuro será escrito juntos.”

Contexto histórico e desafios futuros

O contexto histórico da Moldávia, marcada por influências soviéticas, ainda reverbera na política atual. A relação com a Rússia continua a ser um desafio, enquanto o país busca firmar laços mais fortes com a UE.

O referendo e as eleições representam um momento decisivo para a Moldávia, com potenciais mudanças políticas e sociais significativas. A decisão de se aproximar da UE é vista como um passo estratégico para o desenvolvimento e a segurança do país.