O bilionário Elon Musk, dono da Tesla, se ofereceu para fechar o acordo original de compra do Twitter por US$ 44 bilhões e evitar o julgamento, marcado para este mês. A informação foi repassada por fontes confidenciais a órgãos de imprensa norte-americanos, como o The Wall Street Journal e o Bloomberg.
Depois da publicação da informação em vários sites, no fim da manhã desta terça-feira, 4 (horário de Brasília), as ações da plataforma subiram até 18%. Representantes de Musk e do Twitter de São Francisco ainda não se manifestaram.
De acordo com The Wall Street Journal, os advogados de Musk comunicaram a proposta aos advogados do Twitter durante a noite de segunda-feira 3 e apresentaram uma carta confidencial ao Tribunal de Delaware, encarregado do caso, antes de uma audiência de emergência sobre o assunto agendada para esta terça-feira.
Se a plataforma aceitar a proposta, os dois lados não terão de seguir adiante em um julgamento de cinco dias, marcado para começar em 17 de outubro. Não há garantias de que eles chegarão a um acordo, e o julgamento ainda pode prosseguir conforme o planejado.
O bilionário desistiu de comprar o Twitter depois de alegar que a plataforma escondeu o real número de contas falsas, que poderiam superar os 5%. Os dirigentes da rede social, no entanto, negam qualquer irregularidade. O Twitter entrou, então, com o processo judicial para obrigar Musk a comprar e honrar o acordo ou pagar a multa de US$ 1 bilhão.
Em agosto, o ex-chefe de segurança de dados do Twitter, Peiter Zatko, denunciou uma série de irregularidades cometidas pela plataforma, inclusive de ter mentido sobre o número de contas falsas ativas para Musk. As declarações de Zatko, hacker famoso conhecido como Mudge, foram levadas ao processo em Delaware.