Objetos espaciais que não são planetas nem estrelas foram captados pelo telescópio James Webb, da agência aeroespacial norte-americana, a Nasa.
De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), os objetos podem ter cerca de 1 milhão de anos e “são muito pequenos para serem estrelas” e não podem ser considerados planetas por “não orbitarem nenhuma estrela” e moverem-se em pares.
Apesar de já haver teorias para a formação dos objetos, nenhuma delas explica o porquê desta forma de movimento.
O telescópio observou 42 pares desses objetos em um estudo muito detalhado da nebulosa de Órion, a cerca de 1.344 anos-luz de distância da Terra.
Astrônomos estão intrigados e buscam compreender a natureza dessa nova categoria de objetos, que possuem o tamanho do planeta Júpiter.
Eles ganharam o apelido de “Objetos Binários com Massa de Júpiter” (JUMBO, na sigla em inglês).
“Estávamos à procura destes objetos e encontramos”, disse o professor Mark McCaughrean, consultor científico sênior da ESA, ao jornal britânico Guardian.
“Eles têm uma massa como a de Júpiter e orbitam livremente, e não em torno de uma estrela.”
Teorias sobre os objetos espaciais
Para os astrônomos, os JUMBOs podem ter crescido em regiões da nebulosa onde a densidade do material era insuficiente para formar estrelas completas.
Outra possibilidade é que eles tenham sido produzidos em torno de estrelas e depois ejetados para o espaço interestelar.
“A física dos gases sugere que não devia ser possível conseguir criar objetos com a massa de Júpiter por si só e sabemos ainda que os planetas individuais podem ser expulsos dos sistemas estrelares”, declarou McCaugherean.
“Mas como é que se expulsam pares destes objetos juntos?”
Usando uma grande resolução e sensibilidade infravermelha do telescópio James Webb, os astrônomos conseguiram coletar dados que acrescentam às informações já obtidas por telescópios mais antigos, como o Hubble.
O telescópio James Webb é uma parceria internacional entre a Nasa a ESA e a Agência Espacial Canadense (CSA).