Dezenas de aposentados se reuniram para protestar em frente à sede da Organização das Nações Unidas (ONU) na Venezuela. Eles solicitam uma intervenção no governo Nicolás Maduro. O ditador congelou, há cerca de dois anos, o valor da aposentadoria, que é de US$ 3,50 (cerca de R$ 19) mensais. Enquanto isso, a cesta básica no país custa US$ 539 (quase R$ 3 mil).
Outro motivo para o protesto contra o governo é a antecipação das festas de Natal no país. Maduro decretou o início da temporada para o dia esta segunda-feira, 1º de outubro.
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“O Natal acabou há alguns anos”, afirmou advogada venezuelana Urimare Capote, de 62 anos, que representa o Comitê de Defesa dos Aposentados e Pensionistas na Venezuela. “Quem consegue viver com o valor dessa aposentadoria?”, perguntou ela, em entrevista à agência AFP.
Aposentados na Venezuela criticam Maduro e situação econômica
Eduardo Martínez, professor aposentado de 61 anos, criticou o ditador: “É uma chacota miserável com a gente, pois, se não temos dinheiro nem para comprar leite, como vamos ter para comprar coisas para as festas natalinas?”.
A aposentadoria na Venezuela é de 130 bolívares desde 2022. À época, esse valor equivalia a US$ 30. Hoje, por causa da desvalorização da moeda, vale apenas US$ 3,50, enquanto a cesta básica custa US$ 539 (R$ 2,93 mil).
Justificativas do governo e análises externas
Maduro insiste em que os baixos salários são resultado das sanções dos Estados Unidos contra o país. Contudo, analistas atribuem essa profunda crise que o país enfrente a anos de políticas econômicas equivocadas que destruíram a moeda local em meio à recessão.
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Nicolás Maduro foi reeleito em julho para um terceiro mandato consecutivo de seis anos. Mas a oposição o acusa de fraude, o que foi endossado pelos EUA, pela União Europeia e por países da América Latina.
Repressão e protestos nas ruas
Os protestos contra a reeleição resultaram em 27 mortos, quase 200 feridos e mais de 2,4 mil detidos, incluindo menores de idade. Nesse contexto, Maduro decretou o início do Natal para o dia 1º. Na segunda-feira 30, o ditador anunciou que a temporada vai se estender até o dia 15 de janeiro.
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Os aposentados presentes ao protesto falavam em “extermínio” e “genocídio” por causa da renda que recebem, que mal dá para uma alimentação básica. Eles também questionaram o destino dos recursos de um tributo especial aprovado em maio pelo Parlamento para melhorar as aposentadorias.
“Onde estão esses recursos? Quem os auditou?”, perguntou Urimare Capote.
Situação dos idosos e impacto nas famílias
Ela destacou que os idosos vivem um dos piores momentos da história, abandonados pelo Estado. Para sobreviver suas famílias tiveram que abandonar o país. Segundo a ONU, quase 8 milhões de venezuelanos emigraram por causa da grave crise econômica.
“No Natal, a família está unida, e a família venezuelana está totalmente desfeita, espalhada pelo mundo”, lamentou Urimare. “No ano passado não celebrei a data; hoje, está tudo pior.”
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Muitos dos que reclamam , votaram no Chaves e Maduro .
Como um ordinário como este Maduro trata os seus aposentados.
Deveria morrer na Forca.
A Esquerda os comunistas se achm tão especiais que alteram a data do Nascimento de Cristo com a maior facilidade , cadê o Vaticano o Papa para falar alguma coisa e os venezuelanos estão preocupados com a ceia e não com o ditador ter alterado a data especial para os Catolicos ao bem prazar.