Uma equipe de arqueólogos descobriu três naufrágios no Mar Mediterrâneo. Uma das embarcações data mais de 2 mil anos, entre 100 a.C. e 200 d.C., enquanto as outras são do século 19 e do início do século 20. A descoberta foi anunciada no portal National Geographic, em 8 de junho.
Os barcos estavam no Skerki Banks, área de mar aberto relativamente rasa, situada no Mediterrâneo Central, na Tunísia. Na região, águas mais profundas ao norte e ao leste separam a Sicília do norte da África.
Leia também: Astrônomos encontram ‘diamante cósmico’
Os locais onde os navios foram encontrados revelam que os seus marinheiros não se limitavam à navegação costeira, como os pesquisadores acreditavam, mas entravam no mar aberto para lucrar com suas cargas de vinho e azeite.
Naufrágios de 2 mil anos e o “tesouro” dos navios
Em entrevista ao portal National Geographic, a arqueóloga subaquática Franca Cibecchini, do Departamento de Pesquisa de Arqueologia Subaquática e Submarina, disse que a embarcação mais antiga possuía 18 metros de comprimento e carregava jarros de barro, também chamados de ânforas.
O navio estava parcialmente intacto e foi encontrado a quase 55 metros de profundidade. O design dos jarros sugere que eles continham vinho da Itália, mas os arqueólogos ainda irão recuperar alguns deles para comprovar essa hipótese.
Os outros navios consistem em uma grande embarcação de metal motorizada. Havia outro que era feito de madeira, tem por volta da mesma idade e provavelmente não era motorizado. Este último mede apenas 15 metros de comprimento.
As ânforas serão analisadas. Basicamente encontrarão resquícios de fato, azeite e vinho. Era a base da época. Isso mostra que quando jogamos lixo no mar, dura uma eternidade para se decompor, ou, nunca. Reflexão.
Nota-se que não mudou muito o conceito de transporte naval: Na antiguidade eram as ânforas e hoje são os “conteineres”. O conceito permaneceu e só mudou nos métodos, mais práticos, também pudera, depois de mais de 2000 anos…