O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu nesta quinta-feira, 25, na Casa Branca, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Foi o primeiro encontro entre ambos desde que o governo norte-americano, em 8 de maio, decidiu interromper o envio de bombas para Israel, por ser contrário à incursão israelense em Rafah, na Faixa de Gaza.
O tom da conversa, seguindo a postura de Netanyahu no discurso no Congresso em Washington, no dia anterior, foi de reaproximação. Netanyahu agradeceu pessoalmente a Biden pelo apoio contínuo de cinco décadas ao Estado de Israel durante um encontro na Casa Branca, segundo o The Jerusalem Post, com base na Reuters. Ele definiu o presidente norte-americano como “sionista”.
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“De um orgulhoso sionista israelense para um orgulhoso sionista irlandês americano, quero agradecer pelos 50 anos de serviço público e apoio ao Estado de Israel.”
Pelo Twitter/X, Netanyahu realçou a disposição de manter um diálogo permanente com Biden, que deixará o cargo depois da posse do presidente a ser eleito em novembro.
“Estou ansioso para discutir com vocês hoje e trabalhar com vocês nos próximos meses sobre as grandes questões que temos pela frente.”
Biden e Netanyahu se conhecem há 40 anos. Biden conheceu pessoalmente todos os primeiros-ministros israelenses desde Golda Meir (1969-1974). Netanyahu destacou a longa relação entre ambos.
“Nós nos conhecemos há 40 anos, e você conheceu todos os primeiros-ministros israelenses nos últimos 50 anos, desde Golda Meir.” Biden lembrou seu primeiro encontro com a ex-primeira-ministra Golda Meir.
Netanyahu foi o primeiro chefe de Estado a encontrar Biden depois da desistência do presidente norte-americano, no domingo 21, de concorrer à reeleição, em novembro próximo.
A trajetória dos dois tem sido marcada por discordâncias mútuas. Biden, como democrata, não compactua de muitas das ideias de Netanyahu, cuja visão é mais próxima da dos republicanos nos Estados Unidos.
Em 2015, Biden ficou irritado com o fato de Netanyahu ter feito um discurso no Congresso norte-americano, a convite dos republicanos, no qual criticou a proposta do governo do então presidente Barack Obama para a criação de um Estado Palestino. Na ocasião, Biden era vice de Obama.
Encontro com o ex-presidente e atual candidato Donald Trump
Netanyahu também deve se encontrar com a vice-presidente Kamal Harris, que já está fazendo campanha para a presidência em nome do Partido Democrata.
Mas as reuniões de Netanyahu não ficarão restritas aos democratas. Ele também visitará o candidato presidencial republicano Donald Trump na Flórida na sexta-feira 26. Depois, retornará a Washington, onde passará o sábado 27, considerado o dia sagrado do judaísmo. À noite, o primeiro-ministro voará de volta para Israel.
Apesar da sintonia com Netanyahu, Trump tem criticado a postura do governo israelense em relação à guerra na Faixa de Gaza. Em entrevista à Fox News, o candidato a presidente pediu um fim rápido para o conflito com o Hamas e o retorno dos reféns. Trump acredita que Israel tem que administrar melhor suas “relações públicas”.
O ex-presidente, porém, também fez críticas àqueles que protestaram contra o discurso do primeiro-ministro israelense no Congresso dos EUA. Trump pediu uma sentença de prisão de um ano para aquele que profanar a bandeira dos EUA.
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