O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou, nesta terça-feira, 17, que vai priorizar a volta dos moradores deslocados por ataques do Hezbollah no norte do país. Na prática, a decisão possibilita uma ação militar mais ampla contra o grupo terrorista.
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Netanyahu anunciou a medida depois de uma reunião de gabinete. O encontro também serviu como um passo adicional na pressão para a saída do ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, que tem criticado o premiê.
Confronto contra o Hezbollah
Desde que a última guerra entre Israel e o Hezbollah, em 2006, um novo confronto é visto como “inevitável”.
Desde os ataques de 7 de outubro de 2023, o Hezbollah intensificou os bombardeios contra Israel. No entanto, os terroristas evitaram entrar no conflito de forma direta, por causa da reticência de seus financiadores no Irã em apoiar uma guerra ampla.
O Hezbollah é militarmente mais poderoso do que o Hamas. O grupo terrorista possui um arsenal estimado entre 150 mil e 200 mil mísseis e drones.
Netanyahu tem intensificado a retórica contra o Hezbollah
No fim de agosto, Israel realizou um ataque preventivo para evitar uma retaliação do Hezbollah. Isso resultou em uma troca significativa de bombardeios, que não durou por muito tempo. Desde então, Netanyahu tem intensificado sua retórica contra o Hezbollah.
A situação no norte de Israel permanece inconclusa. Os israelenses isolaram uma área na fronteira e evacuaram cerca de 20 mil pessoas. As crescentes disputas na região levaram à evacuação adicional de entre 40 mil e 60 mil moradores.
Essas pessoas estão hospedadas em hotéis e pensões financiadas pelo governo, ou em casas de amigos e parentes. Isso tem gerado mais insatisfação contra o governo de Israel. Além disso, Netanyahu enfrenta pressão por não conseguir negociar a libertação dos 97 reféns ainda em poder do Hamas.