Em uma entrevista concedida ao canal de televisão CNN na terça-feira 21, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel nunca planejou ocupar a Faixa de Gaza.
Ele explicou que, depois do fim conflito com o grupo terrorista Hamas, a nação planeja “eliminar totalmente” a organização extremista, efetuar sua desmilitarização e reconstruir a região. Netanyahu admitiu que essa estratégia não agrada a todos os seus eleitores, mas ressaltou que esse é seu posicionamento.
Ao longo das últimas tentativas de negociação de um cessar-fogo em Gaza, Israel exigiu a libertação de todos os reféns que permanecem sob o domínio do Hamas.
Na mesma entrevista, Netanyahu também respondeu às recentes acusações do Tribunal Penal Internacional (TPI). O primeiro-ministro israelense descreveu as ações do TPI como “ultrajantes”.
As acusações do TPI contra Netanyahu
Na segunda-feira 20, o promotor do TPI, Karim Khan, emitiu mandados de prisão para Netanyahu, o ministro da Defesa de Israel e líderes do Hamas. A lista das ordens de detenção foi divulgada no mesmo dia, e inclui os seguintes nomes:
- Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel;
- Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel;
- Yahya Sinwar, chefe do Hamas na Faixa de Gaza;
- Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, líder das Brigadas al-Qassam (braço militar do Hamas);
- Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político do grupo extremista.
O promotor alegou que há “motivos razoáveis para acreditar”, com base nas evidências, que tanto as autoridades israelenses quanto os membros do grupo extremista são criminalmente responsáveis por supostos crimes de guerra e contra a humanidade cometidos durante a guerra em Israel.
Os governos dos Estados Unidos e da Alemanha criticaram o pedido de prisão de autoridades israelenses. O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que “não há comparação possível entre Israel e o Hamas”. Ele reafirmou o apoio incondicional de seu país aos israelenses, diante de ameaças à sua segurança.
Da mesma forma, a Alemanha condenou o que chamou de “falsa impressão de equivalência” gerada pelo pedido simultâneo de prisão de líderes do Hamas e de Israel.
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