O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, comemorou a “reunião extraordinária” com a presidente do Banco do Brics, Dilma Rousseff. O encontro foi divulgado nas redes sociais do político venezuelano no domingo 10.
Maduro exaltou o Brics, em claro sinal para aspirar a uma relação com o banco do bloco e demonstrar seu interesse em colocar o país como membro. “Na Venezuela (vocês) têm um parceiro, um aliado e um amigo”, afirmou o ditador ao postar foto em que posa ao cumprimentar Dilma. “Vemos com grande admiração o processo geopolítico do Brics, que é um poderoso motor de articulação do novo mundo.”
O bloco do Brics reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e, no próximo ano, contará com o ingresso de mais seis membros: Argentina, Arábia Saudita, Irã, Egito, Emirados Árabes Unidos e Etiópia. No início de agosto, Maduro enviou um pedido para que o bloco aceitasse a Venezuela, mas o pedido foi, por ora, negado.
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Mesmo depois da negativa, o ditador manteve viagem à China, para fortalecer a imagem do país e suas relações, na esperança de uma futura entrada no bloco.
A ex-presidente do Brasil recebeu Maduro e, depois, participaram de reunião que contou com representantes do banco e integrantes da comitiva venezuelana na China.
Segundo o jornal digital Poder360, Maduro disse querer estreitar as relações de seu país com o banco de modo a possibilitar mais transações digitais e conseguir novas formas de financiamento para a Venezuela.
Maduro e relações com Brasil
Nicolás Maduro compareceu à posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro deste ano. O ditador venezuelano, no entanto, viajou a Brasília em maio, para um encontro reservado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O encontro com Lula ocorreu depois de revogação da portaria que impedia a entrada de Maduro no Brasil. O venezuelano ficou proibido de entrar no país durante o governo de Jair Bolsonaro. A revisão do veto a delegações de Caracas foi um pedido do petista.
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