Um homem norueguês apresentou queixa contra o ChatGPT depois de descobrir que a plataforma o descrevia erroneamente como um criminoso que matou dois de seus filhos. “O que mais me assusta é que alguém possa ler isso e pensar que é verdade”, disse Arve Hjalmar Holmen.
A manifestação constou de uma nota com a assinatura da associação austríaca Noyb, que defende a vida privada. Desde o equívoco, a empresa americana OpenAI, criadora da ferramenta de chatbot (programa de computador que simula e processa conversas humanas), atualizou seu modelo e já não apresenta Holmen como assassino. No entanto, os dados falsos podem permanecer nos sistemas internos, reclama a Noyb.
Associação denuncia o ChatGPT
“O ChatGPT regularmente fornece informações falsas (…) que podem prejudicar gravemente a reputação de uma pessoa, acusando falsamente pessoas de corrupção, abuso de menores e até mesmo assassinato”, denunciou a Noyb em um comunicado.
Conforme acrescenta a associação, ao permitir conscientemente que seu modelo de inteligência artificial (IA) produza resultados difamatórios, a OpenAI viola o princípio de precisão. A norma faz parte do Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa. A ONG pede punição aos infratores e exige que a tecnologia seja melhorada. Além disso, propõe a aplicação de “uma multa administrativa”.
A empresa norte-americana, pioneira em IA generativa, ganhou fama ao lançar o robô conversacional ChatGPT no final de 2022. A ferramenta popularizou o uso da IA ao facilitar o trabalho de pesquisa e produção de conteúdos de milhões de pessoas em todo o mundo.
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